Editorial
FOTO: Divulgação
Foi rápida a resposta do governo federal à decisão da Alemanha em suspender o apoio financeiro dado a projetos de conservação florestal e biodiversidade na Amazônia, que provavelmente deve também ser a decisão da Noruega. O Brasil está muito perto de fechar um robusto acordo com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD, a instituição controlada pelos países do Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para financiar ações de tratamento de lixo nas principais cidades do país, algo que deve girar em torno de contundentes R$ 2 bilhões.
E a questão do lixo é um desafio ao Brasil, um problema crônico, por certo. São toneladas de resíduos sólidos anualmente gerados e cujo descarte se torna cada dia mais complexo.
Além disso, os números que permeiam este tema são nada menos que assustadores: o país tem cerca de 3 milhões de lixões a céu aberto, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mas que deveriam nem mesmo existir, se fosse cumprida à risca a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
No entanto, o dado mais alarmante da Abrelpe é quanto à produção de lixo nos últimos anos. Segundo o levantamento da associação, que cobre de 2010 a 2017, os brasileiros aumentaram a produção em 28%. Este índice fica ainda mais próximo de um colapso quando interligados à baixíssima taxa de reciclagem no período, que fechou em pífios 3%. À margem de tudo isso está o consumismo desenfreado e um tanto inteligível, um problema de cunho social e sustentável que depende só da consciência individual, não do governo.
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