Arcadismo político

[Arcadismo político]

FOTO: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

A inabilidade e o destempero de Gleisi Hoffmann reafirmam o ponto desconexo do PT na conjuntura política do Brasil. Como presidente nacional do partido, sua oposição desgastada e intransigente deve, certamente, mantê-los como meros coadjuvantes neste cenário.

Agora, com o vazamento de áudio de um integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), cujo conteúdo sugere favorecimento e ‘vista grossa’ do PT perante o banditismo profissional do grupo, Gleisi prova do próprio veneno e se perde entre comentários para defender o partido das acusações.

Dois pesos e duas medidas é a expressão popular que melhor explica a chiadeira de Gleisi Hoffmann e de grande parcela da oposição no que diz respeito à hackeamentos. Pediu-se justiça na investigação quando o alvo era desembargadores da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro, mas agora, com o PT no epicentro da confusão, o presente do partido pede punição ao ministro Moro, quem ela sugere ter providenciado o vazamento, e fala em armação, calúnia e fake news.

A veracidade do conteúdo deve ser atestada pela Polícia Federal e pela Justiça, como de praxe, e o que margeia uma investigação formal não passa de falatório, como este da Gleisi, que ao longo dos três dias dominou seu Twitter.

No fim, a “escalada autoritária” que Gleisi afirma ver emergir do outro lado é um tanto quanto parecida quanto à própria escalada para defender a honra em frangalhos do PT, diante de um inimigo - “com o uso político das polícias” - forjado em ideias e objetivos sugeridos às vezes de forma obscura exclusivamente pelo imaginário oposicionista e obstrucionista.


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