Torcedor diz que imitou galinha em gesto que custou R$ 300 mil ao Palmeiras

Episódio ocorreu durante o jogo entre Palmeiras e Cerro Porteño, no início de abril, pela Libertadores

Por FolhaPress
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Torcedor diz que imitou galinha em gesto que custou R$ 300 mil ao Palmeiras

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O torcedor palmeirense acusado de fazer gestos racistas direcionados a paraguaios durante o jogo entre Palmeiras e Cerro Porteño, no início de abril, alegou que imitava uma galinha. O jogo foi válido pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores e a Conmebol, organizadora do campeonato, multou a equipe alviverde em US$ 50 mil (cerca de R$ 286 mil).

Segundo reportagem da coluna do Danilo Lavieri, o Palmeiras vai acatar a decisão e cobrará na Justiça que o torcedor responsável pela punição imposta ao Palmeiras ressarça o clube pelo prejuízo financeiro causado, como já havia alertado quando registrou um Boletim de Ocorrência sobre o caso.

O UOL conversou com a defesa do torcedor. O advogado Ronaldo Patah diz que o cliente nega ter feito o gesto racista em direção aos torcedores paraguaios que acompanhavam a partida no Allianz Parque. Segundo ele, a torcida visitante estaria emitindo sons de macaco.

Após o registro do B.O., a polícia civil ouviu o torcedor, conferiu imagens de câmeras de segurança, conversou com testemunhas e teria decidido pelo indiciamento, segundo o advogado Ronaldo Patah. O inquérito corre em sigilo, e por isso o nome do autor não é divulgado. O processo está em fase de conclusão e deve ser remetido ao Ministério Público de São Paulo em breve.

"Meu cliente somente agiu em legítima defesa, respondeu a várias ofensas. O jogo inteiro foi xingado. Segundo meu cliente, o time adversário tinha treinado no dia anterior no CT do Corinthians, que tem a galinha como apelido... Foi nesse sentido. Ele agiu no impulso querendo responder às injustas ofensas que vinham do camarote", disse Patah.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo informou que o caso está sendo investigado e que o torcedor cumpre medida cautelar durante os jogos do Palmeiras. Ele deve comparecer ao 2º Batalhão de Choque da PM duas horas antes do início e até 15 minutos após o término dos jogos do time.

"O caso é investigado por meio de um inquérito policial instaurado pela 6ª DRADE. O homem foi indiciado pelo crime previsto no artigo 201, §7º, da Lei Geral do Esporte (Lei 14.597/2023).Como medida cautelar, o suspeito está cumprindo obrigação por tempo indeterminado, devendo comparecer ao 2º Batalhão de Choque da PMESP duas horas antes do início e até 15 minutos após o término dos jogos, em todos os dias em que a equipe da Sociedade Esportiva Palmeiras atuar em competições de futebol", declarou a SSP.

Além de ter que arcar com a multa da Conmebol, o torcedor foi excluído do Avanti e bloqueado no sistema de venda de ingressos para os jogos do clube como mandante. Essas e outras ações do Palmeiras diminuíram o prejuízo da punição emitida pela entidade sul-americana.

O torcedor não concorda com o pagamento da multa. "Entendemos [a cobrança como] indevida. Meu cliente respondeu a várias injustas ofensas vindo do camarote do time adversário", disse o advogado Ronaldo Patah.

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