Três militares são indicados para agência de proteção de dados
Pesquisadores classificam o marco como um 'movimento inédito'

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Três dos cinco nomes sugeridos pelo governo para compor a diretoria da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) são das Forças Armadas. A presença de militares do órgão recém-criado para fiscalizar o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dado (LGPD), segundo pesquisadores, representa um "movimento inédito, em comparação aos 20 países economicamente avançados do mundo".
A nova lei entrou em vigor em setembro e regulamenta o tratamento de dados pessoais de clientes e usuários por parte de empresas públicas e privadas. A ANPD é responsável “por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento” do novo marco do setor.
Indicados
Para o mandato de seis anos, o diretor-presidente do órgão será Waldemar Gonçalves Ortunho Júnior. Ele é formado pelo Exército e presidente da Telebrás desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Outro indicado por Joacil Basilio Rael, também militar reformado e assessor da presidência da Telebrás, foi indicado ao mandato de quatro anos. Ele é professor e especialista em segurança de dados, política de segurança, criptografia e compactação de dados.
O terceiro indicado ao mandato de cinco anos foi o tenente-coronel Arthur Pereira Sabbat, atual diretor do Departamento de Segurança da Informação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele é especialista em segurança e estratégia cibernética e de infraestruturas críticas.
Os outros 16 indicados para diretoria de agências reguladoras, como Anatel, ANP, Anac, Aneel e Antaq, serão sabatinados na tarde desta segunda-feira (19), no Senado Federal.