Twitter alega à PF que não é possível fornecer dados específicos da conta de Abraham Weintraub
Ministro é acusado de susposto crime de racismo

Foto: Agência Brasil
O Twitter informou, no último dia 29, à Polícia Federal que determinou a preservação de dados disponíveis da conta do ministro da Educação, Abraham Weintraub, na rede social, mas que não tem condições técnicas de fornecer informações específicas sobre postagens no perfil do ministro. A PF considera as postagens peça chave para concluir a investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura suposto crime de racismo.
No ofício enviado à PF, a empresa informou que os dados ainda disponíveis nos servidores das operadoras serão eventualmente fornecidos por ordem judicial, como prevê o Marco Civil da Internet. A PF requereu à empresa que fossem guardados os dados da conta @AbrahamWeint, entre 4 de abril e 6 de abril deste ano, "se possível as que tenham sido apagadas, bem como todos os logs de acesso e das postagens realizadas pelo perfil, além do fornecimento dos dados cadastrais, inclusive e-mail usado para a criação".
Em abril, Weintraub usou o Twitter para fazer insinuações de que a China poderia se beneficiar propositalmente da crise mundial causada pela pandemia do novo coronavírus. Na ocasião, o ministro também ridicularizou o fato de alguns chineses, quando falam português, trocarem a letra "R" pela letra "L", assim como o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica.
Na semana passada, o ministro compareceu à PF para prestar depoimento, mas não quis responder a perguntas e entregou uma declaração, por escrito.