• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Após sugestão de Fachin de novas provas, julgamento de cassação de Bolsonaro e Mourão é interrompido

Após sugestão de Fachin de novas provas, julgamento de cassação de Bolsonaro e Mourão é interrompido

Não há nova data agendada para que tema volte para discussão em plenário

Por Da Redação
Às

Após sugestão de Fachin de novas provas, julgamento de cassação de Bolsonaro e Mourão é interrompido

Foto: Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou na última terça-feira (9) o julgamento de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que solicitam a cassação do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão, por irregularidades na campanha para as eleições presidenciais de 2018, porém, um pedido de vista interrompeu a discussão sem que um novo prazo fosse agendado. O julgamento tinha começado em novembro do ano passado, no momento que o relator, ministro Og Fernandes, votou contra o pedido de cassação por falta de provas contra os então candidatos. O tema voltou ao plenário na última terça, em discussão inicial.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin foi responsável por abrir a sessão votando favoravelmente a reabertura da fase de provas dos processos. Os autores das ações, Guilherme Boulos e Marina Silva, que também concorreram ao posto de presidente da República em 2018, tinham solicitado a realização de uma perícia, porém, o relator negou. O ministro disse que, sem a perícia, não é possível indicar os culpados. Acompanharam Fachin os ministros Tarcísio Vieira e Carlos Velloso Filho. O ministro Luís Felipe Salomão divergiu e negou que provas tenham sido produzidas. Alexandre de Moraes pediu vista para pensar melhor sobre a questão.

De acordo com as ações apresentadas, hackers atacaram um grupo de Facebook com intenção de beneficiar a chapa composta por Bolsonaro e Mourão. O grupo virtual "Mulheres Unidas contra Bolsonaro", com 2,7 milhões de participantes foi alvo de ataques que mudaram o visual e conteúdo da página. De início, o grupo criticava o presidente. Após a atuação dos hackers, o grupo passou a se denominar "Mulheres com Bolsonaro #17", publicando mensagens para o então candidato à presidência.

Os autores das ações solicitaram a realização de perícia para descobrir o autor dos ataques. Porém, Og Fernandes negou o pedido, argumentando que a Polícia Civil da Bahia estava investigando o caso. Na última terça, Fachin relembrou que a polícia baiana não concluiu a investigação. Com isso, a Polícia Federal deve se responsabilizar pelo caso. O ministro sugeriu que fosse interrompido o julgamento do mérito, em que será decidida se a chapa participou ou não da ação, para dar prosseguimento às investigações, e apenas depois que elas forem finalizadas, encerrar o julgamento.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário