Um em cada quatro pais não acompanharam o pré-natal da mãe de seu filho, segundo pesquisa do IBGE
Os dados são da pesquisa que tem o objetivo de ampliar os conhecimentos sobre a fecundidade dos homens brasileiros

Foto: Reprodução/R7
Quase um a cada quatro (23,3%) pais de crianças com menos de seis anos ou com suas companheiras grávidas afirmaram não acompanhar o pré-natal de suas parceiras, segundo um levantamento inédito feito dentro da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS), realizada a cada cinco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (26).
"A gente não tem ainda informações para qualificar esse acompanhamento ou não do pré-natal, ou seja, não temos como dizer se é ruim ou não. É ruim (ter homens que não acompanham) porque é um direito dele participar de tudo que tenha a ver com o filho, está na legislação. Mas não sabemos se ele queria ir ou ele não tinha como deixar o trabalho para acompanhar a mulher, por exemplo" diz a analista do IBGE Marina Águas
Marina também explica que, "A ideia, com essa primeira rodada de dados do questionário novo, era entender que tipo de informação a gente precisa para incentivar a questão do pré-natal. Como, por exemplo, se o SUS precisa oferecer atendimento em horários alternativos ou aos sábados para incluir os pais."
Os dados sobre paternidade foram coletados de forma inédita na pesquisa que tem o objetivo de ampliar os conhecimentos sobre a fecundidade dos homens brasileiros.
Em 2019, 64,6% dos homens com 15 anos ou mais de idade já haviam sido pais, segundo a pesquisa do IBGE
A PNS questionou sobre a vontade de ser pai aos homens com mulheres grávidas ou pais de crianças com menos de seis anos. Na faixa etária de 15 aos 34 anos, 27,3% disseram que gostariam de ter esperado mais para ter o filho. Entre os que tinham 35 anos ou mais, 10,4% não queriam ter filho ou não queriam ter mais filhos além dos que já tinham.