Unesco lamenta por casarões destruídos em Ouro Preto: 'Uma perda para a humanidade'

Imóveis foram atingidos por desmoronamento de terra na quinta-feira (13)

[Unesco lamenta por casarões destruídos em Ouro Preto: 'Uma perda para a humanidade']

FOTO: Reprodução/Twitter

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lamentou, por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (14), a destruição dos casarões atingidos pelo desmoronamento em Ouro Preto. 

Segundo a diretora e representante da entidade no Brasil, Marlova Noleto, é necessário que sejam feitas ações preventivas e coletivas para a proteção do “nosso patrimônio cultural comum, que tem valor excepcional para todo o mundo”.

“O desastre ocorrido em Ouro Preto, a primeira cidade brasileira inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, constitui uma perda para a humanidade”, disse Noleto.

A Unesco afirmou que ambas as situações foram informadas ao Centro do Patrimônio Mundial, responsável por monitorar a situação dos locais reconhecidos como patrimônio mundial, como os de Minas Gerais, e à área de Cultura e Emergências da organização. A ONG também contatou o Iphan para a “implementação de importantes projetos de cooperação técnica na área de proteção do patrimônio cultural, para prestar apoio técnico e contribuir com o governo brasileiro no que for necessário”.

“Os cada vez mais frequentes desastres por causas naturais devem nos alertar em relação às mudanças climáticas que já estão acontecendo e nos mobilizar a favor de políticas coordenadas de proteção, mitigação de desastres e planos de gestão adequados”, alertou a diretora. 

Um desmoronamento de terra do Morro da Forca, em Ouro Preto, atingiu dois casarões tombados e que estavam interditados há cerca de 10 anos. Conhecido como Solar Baeta Neves, um dos locais era apontado como o primeiro neocolonial do município e passou por restauro entregue em 2010, pelo governo federal, sendo desocupado anos depois por estar em área de risco.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nesta quinta-feira (13), um procedimento administrativo para investigar as causas do deslizamento.

“O MPF vai apurar as circunstâncias em que o fato se deu e pedir esclarecimentos dos órgãos envolvidos na tutela dos referidos bens quanto ao motivo do incidente, dimensão dos danos e seus efeitos”, apontou o órgão em nota.


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