Vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades segue suspensa pelo Ministério da Saúde
Decisão foi tomada após o governo de São Paulo divulgar que morte de jovem não teve relação com o imunizante da Pfizer

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A vacinação para adolescentes de 12 a 17 anos sem doenças prévias continua suspensa pelo Ministério da Saúde. A decisão vem três dias após o governo de São Paulo concluir que a morte de uma jovem, que havia tomado a primeira dose de Pfizer, não teve relação com o imunizante. A pasta, que mudou a orientação após questionamento do presidente Jair Bolsonaro, continua a recomendar a imunização daqueles que têm comorbidades.
A garota de 16 anos morreu no dia 2 de setembro em São Bernardo do Campo (SP), uma semana depois de receber a vacina, mas o óbito só foi divulgado na última quinta (16). Segundo o governo paulista, a causa do óbito é uma doença autoimune chamada Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PPT), que causa coágulos no corpo. Considerada rara, afeta principalmente pessoas de 20 a 40 anos.
A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) da pasta da Saúde, que não foi consultada para a suspensão, ainda está discutindo o tema. Uma nova decisão deve sair nesta semana.
A pasta também comunicou que dará prioridade à imunização de idosos, que sofrem maiores riscos relacionados à Covid-19. Esse é o caso de pessoas a partir de 70 anos que tomaram a segunda dose há pelo menos seis meses. O grupo já está apto a receber uma dose de reforço, preferencialmente de Pfizer, independente do imunizante que tenha recebido antes.