"Vacinas são intervenções que salvam vidas" , diz OMS

Órgão rebateu afirmação de Bolsonaro de não poder 'obrigar ninguém' a se vacinar

Por Da Redação
Às

"Vacinas são intervenções que salvam vidas" , diz OMS

Foto: Agência Brasil

"Vacinas são intervenções que salvam vidas" disse a cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, nesta sexta-feira (4), após ser questionada sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que nesta semana declarou não poder "obrigar ninguém a tomar vacina". Segundo  a cientista-chefe  da OMS, é preciso oferecer "mais educação" e "mais informação" sobre o tema para a população.

"Nós esquecemos o que é varíola, esquecemos o que é morrer de sarampo. (...) É graças às vacinas que não vemos mais essas doenças", completou Swaminathan.  Já o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon, afirmou que as vacinas foram as únicas ferramentas totalmente eficazes para conter doenças mortais. "As pessoas podem se informar a respeito de como o mundo utilizou as vacinas para diminuir a mortalidade em crianças menores de cinco anos, de como conseguiu a erradicação da varíola. Observem como as vacinas mudaram o mundo", disse Tedros. 

Em relação à vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, Adhanon afirmou que há um bom número de vacinas promissoras, mas que elas só serão aplicadas  “quando forem seguras e eficazes”,disse. "Eu gostaria de afirmar que a OMS não aprovará vacinas que não sejam eficazes e seguras", garantiu Tedros.

Ainda de acordo com o líder da entidade, novas candidatas a vacinas contra a Covid-19 serão incluídas  no portfólio da iniciativa COVAX. "Estamos discutindo sobre 4 outras vacinas promissoras. Outras 9 candidatas que estão em estágios iniciais de desenvolvimento estão sendo avaliadas para inclusão no COVAX", disse o diretor-geral da OMS.

Lockdowns e Vacinação

A OMS informou também nesta sexta (4), que os lockdowns contra a disseminação da Covid-19 nas cidades podem ser evitados se os governos e as comunidades fortalecerem as medidas de saúde. "Os lockdowns são um instrumento contundente que tem causado graves perdas em muitos países. Com a combinação certa de medidas direcionadas e personalizadas [para conter a pandemia], outros lockdowns podem ser evitados", afirmou Tedros. A entidade listou medidas para evitar novos lockdowns:

-Evitar eventos que propiciem a transmissão do coronavírus (como aglomerações, lugares fechados, mal ventilados etc)
-Capacitar as pessoas a se protegerem e a protegerem os outros (medidas individuais e coletivas contra o coronavírus, como lavar as mãos, uso da máscara, etiqueta ao espirrar, isolamento caso apresente sintomas etc)
-Fortalecer a saúde pública
-Proteger as pessoas do grupo de risco

Segundo o diretor-geral da entidade, a reabertura  dos países está sendo conversada com os líderes do G20 para que aconteça de forma segura e consciente. Já em relação a vacinação, uma porta-voz da entidade afirmou não esperar uma campanha  ampla contra a Covid-19 até meados de 2021. De acordo Margaret Harris, é muito importante que ocorra checagens rigorosas sobre a eficácia e a segurança das vacinas.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.