Varejistas cogitam realizar demissões em massa caso BEm não seja retomado

Governo planeja nova rodada do programa que deve afetar 3 milhões de trabalhadores

Por Da Redação
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Varejistas cogitam realizar demissões em massa caso BEm não seja retomado

Foto: Reprodução/FDR

Com a maioria das lojas fechadas por causa das medidas de restrição para conter o avanço da pandemia da Covid-19, os grandes varejistas brasileiros veem risco iminente de demissões em massa dos trabalhadores, caso o governo Jair Bolsonaro não reeditar o Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda, conhecido como BEm. Em reunião nesta segunda-feira (22), associados do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) manifestaram preocupação com a lentidão da reedição da Medida Provisória (MP) 936. 

A MP foi responsável pela criação  do programa que expirou em dezembro de 2020. As 73 empresas associadas ao IDV geram anualmente R$ 411 bilhões em venda e respondem por 777 mil empregos diretos em 34 mil lojas físicas e 246 centros de distribuição espalhados pelo Brasil. Com suspensão de contratos e redução de jornada de trabalho, com pagamento de parte dos salário, o programa garantiu a manutenção de 11 milhões de empregos, de acordo com o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes. 

"Já estamos terminando março e o programa não foi reeditado, isso está trazendo uma inquietação muito grande entre os empresários do varejo, porque muitas lojas estão fechadas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, por exemplo", diz o presidente do IDV, Marcelo Silva. O governo planeja uma nova rodada do programa, que deve custar entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões, e atingir até 3 milhões de trabalhadores.

Na reunião da entidade, participaram executivos das lojas Riachuelo e Renner, das redes de farmácias Pague Menos, Raia/Drogasil, Panvel; e varejistas como Ri Happy, Magazine Luiza, Carrefour, GPA, por exemplo. Apesar de supermercados e farmácias estarem com o funcionamento autorizado, Silva explica que muitas lojas estão dentro de shoppings e, portanto, não podem abrir. O comércio eletrônico avançou na pandemia, mas representa cerca de 10% do faturamento, uma parcela pequena das vendas.

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