Vendas do varejo baiano crescem 0,9% de março para abril
Comércio de livros, jornais, revistas e papelaria mantém queda
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
As vendas no comércio baiano apresentaram um crescimento de 0,9% do mês de março para abril, resultado acima da média nacional (-0,6%), segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Neste período, o varejo baiano teve o terceiro melhor desempenho dentre os estados brasileiros, abaixo apenas de Roraima (3,2%) e Amapá (2,7%). Quando comparado ao mês de abril de 2018, as vendas na Bahia também tiveram alta (2,1%). Foi o melhor mês de abril para o comércio varejista do estado desde 2014 (3,6%).
Esse resultado positivo em comparação ao mesmo mês de 2018 foi resultante de aumentos nas vendas de cinco das oito atividades pesquisadas, puxadas pelos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+3,5%) e tecidos, vestuário e calçados (+9,1%).
Três atividades tiveram recuos nas vendas em abril: livros, jornais, revistas e papelaria apresentaram queda novamente (-55,0%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-37,0%).
Livrarias - Segundo a supervisora de disseminação de informações do IBGE, Mariana Viveiros, o percentual elevado de redução nas vendas no segmento de livros, jornais, revistas e papelaria na Bahia “é reflexo direto da crise nacional do setor de livrarias, com grandes redes em recuperação judicial, fechamento de unidades e redução de estoques, o que leva a quedas fortes no volume de vendas em todos os estados”.
Os clientes assíduos de livrarias conseguem perceber nos shoppings de Salvador, que lojas como a Cultura e a Saraiva estão trabalhando com estoques reduzidos em suas prateleiras. Na livraria Cultura do Shopping Salvador, por exemplo, há alguns meses o tamanho da loja foi reduzido por tapumes. “É bastante triste. As grandes livrarias passam por um momento muito complicado”, diz o influenciador digital Alexandre Ribeiro, 23.
Varejo ampliado - No varejo ampliado, os resultados foram positivos tanto na comparação ao mês de março (1,2%) quanto em relação ao mesmo mês de 2018 (0,4%), apesar das quedas nas vendas de automóveis (-3,4%) e materiais de construção (-1,0%).
