Vendedor da Davati no Brasil afirma que foi vítima de um golpe

Cristiano Carvalho afirma que "não existia vacina nenhuma"

Por Da Redação
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Vendedor da Davati no Brasil afirma que foi vítima de um golpe

Foto: Reprodução/Facebook

Cristiano Carvalho, vendedor da Davati no Brasil, disse nesta quarta-feira (11), em entrevista ao jornal O Globo, que foi vítima de um golpe e afirmou que percebeu que a companhia dos Estados Unidos não tinha imunizante algum para vender ao governo brasileiro. Na ocasião, ele disse ainda que planeja entrar com uma ação contra o presidente da Davati, Herman Cardenas.  

O presidente da empresa, entretanto, nega as acusações. A negociação da Davati com o governo brasileiro vem sendo investigada pela CPI da Pandemia depois de uma denúncia que aponta uma suposta cobrança de propina de US$1 por parte de integrantes do ministério para fechar contrato.

Essa denúncia foi apresentada à CPI pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti, intermediário das negociações da Davati junto ao Ministério da Saúde. Em depoimento à comissão, ele acusou o então diretor de logística do órgão, Roberto Ferreira Dias, de cobrar propina durante um jantar em Brasília. Dias nega a história. Outros participantes do encontro não confirmaram o relato de Dominghetti.

Com a ajuda do policial militar, a Davati ofereceu ao Ministério da Saúde 400 milhões de doses de AstraZeneca e, depois, 200 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson sem autorização das respectivas fabricantes.

Ao jornal, Herman Cardenas disse que Cristiano não representa mais a Davati. Além disso, ele afirmou que o ex-funcionário “já se provou publicamente um mentiroso”. A assessoria da Davati diz, em nota, que “é importante esclarecer que a Davati Medical Supply reitera que apenas enviou a oferta (FCO) ao Ministério da Saúde após receber do allocation holder (alocador) a confirmação de que poderia disponibilizar as doses. Portanto, não é correta a informação que a Davati não possuía as vacinas. Lembrando que a divulgação do nome do alocador não é permitida por questões de confidencialidade.” De acordo com Cristiano Carvalho, a Davati está tentando transferir a responsabilidade para ele sobre o ocorrido e que está se preparando para processar a empresa nos Estados Unidos. 

 
 

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