Vídeo: Após derrota no Congresso, Haddad volta a defender decreto do IOF
Ministro criticou isenções a super-ricos em entrevista

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender publicamente o decreto presidencial que aumentou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e foi derrubado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (25). A afirmação foi feita em entrevista ao videocast semanal da Folha de São Paulo.
O ministro classificou a medida do governo como um mecanismo de correção de distorções no sistema tributário e disse que “o rico que não paga imposto tem que começar a pagar”.
A manifestação ocorre no momento em que o Palácio do Planalto avalia como reagir à decisão da Câmara, que aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2025 para sustar os efeitos do Decreto nº 12.466, de maio deste ano. O texto, agora, precisa passar pelo Senado. Caso aprovado nas duas Casas, o decreto perde validade.
No vídeo, o ministro criticou a baixa alíquota efetiva paga por contribuintes com renda superior a R$ 1 milhão ao ano.
“Eu não considero normal um dos dez países mais desiguais do mundo aceitar que quem tem mais de um milhão de renda anual pague uma alíquota de imposto de renda de 2,5% em média de renda. Quando a professora da escola pública paga 10%, o policial paga 10%, você provavelmente paga mais do que isso, eu pago mais do que isso. E eu penso que a contribuição ajusta a parte que nós temos que colaborar para financiar o SUS, a escola pública, a segurança pública, a Previdência. Quem é que vai financiar tudo isso? […] Tem país que não tem SUS. Eu prefiro morar num país que tem SUS”, disse.
Confira mais no vídeo abaixo: