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Vídeo: Bolsonaro pede desculpas a Moraes por acusar sem provas ministros de receber propinas

Ex-presidente admitiu que não tinha indícios

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Vídeo: Bolsonaro pede desculpas a Moraes por acusar sem provas ministros de receber propinas

Foto: Antonio Augusto/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta terça-feira (10), os interrogatórios dos réus apontados como integrantes do “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe de Estado, durante a oitiva, Moraes questionou Bolsonaro sobre uma declaração feita em reunião privada, na qual o então chefe do Executivo acusava ministros da Corte de receber valores em dólares durante o pleito. "Quais eram os indícios que o senhor tinha que nós estaríamos levando U$S 50 milhões, U$S 30 milhões?", perguntou o ministro.

Em resposta, Bolsonaro afirmou não ter provas "Não tem indícios nenhum, senhor ministro. Tanto é que era uma reunião para não ser gravada. Um desabafo, uma retórica que eu usei. Se fosse outros três ocupando teria falado a mesma coisa. Então, me desculpe, não tinha qualquer intenção de acusar de qualquer desvio de conduta os senhores três",

O ex-presidente também comentou a negativa de Moraes a um pedido de sua defesa para exibir vídeos durante o interrogatório. A solicitação foi rejeitada horas antes do início da sessão, sob o argumento de que os materiais poderiam ser anexados posteriormente ao processo. Ao chegar à sala de audiências, Bolsonaro reagiu com ironia: “Não achei nada”.

Veja declaração:

 

Os interrogatórios dos oito réus, que compõem o chamado “Núcleo 1” da suposta trama golpista, começaram nesta segunda-feira (9). Cinco crimes foram atribuídos pela Procuradoria Geral da República (PGR) a eles:

• Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: pune o ato de "tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais". A pena varia de 4 a 8 anos de prisão.

• Golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta "depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído". A punição é aplicada por prisão, no período de 4 a 12 anos.

• Organização criminosa: quando quatro ou mais pessoas se reúnem, de forma ordenada e com divisão de tarefas, para cometer crimes. Pena de 3 a 8 anos.

• Dano qualificado: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima. Pena de seis meses a três anos.

• Deterioração de patrimônio tombado: destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena de um a três anos.

Na segunda, foram ouvidos o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Alexandre Ramagem.

Na sessão desta terça de manhã, os interrogados foram o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional general Augusto Heleno.

Os réus do núcleo crucial são:

• Mauro Cid
• Alexandre Ramagem;
• Almir Garnier;
• Anderson Torres;
• Augusto Heleno;
• Jair Bolsonaro;
• Paulo Sérgio Nogueira;
• Walter Braga Netto.

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