Vídeo: "Estamos diante de um abuso de poder", afirma Girão sobre medidas contra Marcos do Val
Senadores da oposição fizeram coletiva nesta quarta (6) para contestar medidas contra colega
Foto: Farol da Bahia
Em uma coletiva de imprensa, realizada na tarde desta quarta-feira (6), no Congresso Nacional, senadores da oposição afirmaram que não será feito nenhum tipo de acordo que prejudique o mandato do senador Marcos do Val (Podemos) e ainda cobraram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
"(Não será feito) nenhum acordo que passe pelo impeachment de quem violou não apenas o Marcos do Val, não apenas um senador da República, mas milhares de brasileiros, que é o ministro Alexandre de Moraes", afirmou o senador Eduardo Girão (Novo).
Marcos do Val esteve junto aos demais senadores na coletiva desta noite. O parlamentar apareceu descalço, mostrando a tornozeleira eletrônica. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que disse que Do Val descumpriu medidas cautelares. O senador é investigado por participar de uma suposta trama golpista.
Eduardo Girão ainda se direcionou a imprensa e mencionou jornalistas que supostamente teriam censurados e deixaram o país.
"Isso não poderia ser apenas com um de nós, mas também com um de vocês (imprensa). Tem jornalistas hoje censurados que foram para outro país com passaporte tomado, com conta bancária bloqueada", prosseguiu.
Girão ainda classificou as ações contra Marcos do Val como "abuso de poder".
"Ele está com a multa de R$ 50 milhões de reais tirada da cabeça do Alexandre de Moraes, sabe lá de Deus onde. Ele não tem nenhuma denúncia. Então estamos diante de um abuso, absurdo de poder, de violação de direitos humanos e ele não pode falar porque pode ser preso", disse.
O senador finalizou reforçando que a oposição permanecerá em foco para anistia para presos políticos e mencionou o caso do presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
"Não vamos chegar a um acordo nem sobre o mandato dele, nem sobre o impeachment de Alexandre de Moraes e também do fim do foro privilegiado para acabar com essa chantagem que nós estamos vendo no Brasil de um poder sobre o outro, além da anistia aos presos políticos. Ele (Marcos do Val) é um deles, o ex-presidente Bolsonaro é outro deles, mas tem outros milhares que estão passando por isso. Sem direito a defesa e contraditório" finalizou.
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