Vídeo: 'Jamais passaria faixa a um ladrão', diz Bolsonaro sobre derrota nas eleições de 2022 em manifestação na Avenida Paulista
Na ocasião, ex-presidente defende que não viajou para os Estados Unidos como parte do suposto golpe de Estado
Foto: Reprodução/Youtube
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante manifestação a favor de anistia dos acusados no caso do 8 de janeiro, na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (29), que "jamais passaria a faixa para um ladrão". A declaração foi feita enquanto Bolsonaro explicava o motivo de ter viajado aos Estados Unidos após a derrota nas eleições de 2022, quando perdeu a disputa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de explicar o motivo de não ter permanecido na Brasil durante a posse de Lula, Bolsonaro também utilizou o discurso para defender que não foi ao exterior como parte do planejamento de tentar um golpe de Estado, acusação pela qual é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente ainda disse que atendeu as solicitações de Lula durante a transição de posse e se manifestou publicamente contra bloqueios de caminhoneiros nas estradas. Além de afirmar que nomeou dois comendantes de Forças a pedido de Lula, enquanto estava na posição de presidente.
"Nomeamos dois comandantes de Forças a pedido desse cara que está no governo agora. Quem quer dar golpe nomeia comandantes a pedido do governo opositor? No dia 30, algo me fez sair do Brasil. Não era apenas para não passar a faixa? Jamais eu passaria a faixa para um ladrão", disse Bolsonaro.
O investigado pela suposta trama golpista ainda citou as acusações contra Lula. "Me processam, mas não processam por corrupção, por desviar dinheiro da Petrobrás, por assaltar o fundo de pensão do Banco do Brasil ou dos Correios. Não me processam por achar dinheiro em apartamento meu. Ou ter um sítio em algum lugar, ou um apartamento na beira da praia."
Bolsonaro ainda acusou de que o ato do dia 8 de janeiro teria sido orquestrado pela esquerda.
"Um movimento mais do que claro orquestrado pela esquerda. Lula não estava em Brasília. No dia anterior, foi para Araraquara, porque sabia o que iria acontecer. Tanto que as imagens de quase 200 câmeras sumiram. Tudo foi quebrado antes daquelas pessoas que parte estavam no acampamento chegaram”, afirmou o ex-presidente.
