Vídeo: Médico critica discussões sobre retorno às aulas e diz que professores são "esquerdistas comunistas"
Ele argumentou a baixa letalidade do vírus nas crianças e adolescentes

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Em entrevista à rádio Jovem Pan, de Maringá, o médico Alessandro Loiola, criticou a insistência das autoridades em manter as escolas fechadas durante o período de pandemia e, como argumento, citou a taxa de infecção do vírus em pessoas com menos de 19 anos de idade, que, segundo ele, é de "0,0007%".
"A taxa por covid em pessoas com menos de 19 anos de idade é 0,0007%. Simplesmente não faz sentido fechar escola. Não devia nem ter fechado e eu não sei porque estão perdendo tempo discutindo quando é que vai abrir", citou Loiola.
Ele também afirmou que a movimentação que impede a volta às aulas é organizada pelo sindicato de professores que, segundo ele classificou, são "esquerdistas comunistas".
"O único motivo pelo qual eles estão debatendo se as escolas vão abrir ou não é porque o sindicato de professores é infestado por esquerdistas comunistas, fizeram um lobby muito eficaz e não estão querendo colocar o "pézinho" na sala de aula", ironizou o médico.
Ainda durante a fala, ele ironizou os argumentos utilizados pelas autoridades e chegou a comparar a racionalidade das justificativas com uma inseminação artificial.
"Eles dizem que as crianças nas escolas elas vão acabar levando o vírus para casa. Quando eu ouço uma explicação dessa eu fico me questionando se aquela pessoa realmente foi o espermatozóide mais esperto daquela noite ou se ela é fruto de alguma inseminação artificial", disse Loiola, que completou "Vai caçar um consolo em uma sexshop aí e para de me encher a paciência, né?!".
Apesar da declaração, autoridades de saúde têm discutido o risco para o retorno às aulas, principalmente, para crianças idades até cinco anos. Medidas de proteção, distanciamento e o controle do cumprimento dos protocolos é apontado como uma das maiores dificuldades para evitar a proliferação da covid-19 para os menores.
Estudos científicos ainda não comprovaram se a taxa de contaminação da covid-19 é realmente inferior para os menores de idade. Recentemente, um levantamento feito pelo Ministério da Saúde apontou que ao menos 197 crianças e adolescentes apresentaram uma série de problemas de saúde que, juntos, podem caracterizar uma nova doença potencialmente ligada ao novo coronavírus.
Segundo os dados, do total de crianças, 140 tinham menos de dez anos e 14 pacientes de até 19 anos de idade morreram por causa das complicações.