Vídeo: "Não sou covarde, medroso nem fujão!", afirma Malafaia, que também cobra de Moraes a devolução do passaporte e de anotações bíblicas
Pastor foi alvo de busca e apreensão na noite de quarta-feira (20)
Foto: Reprodução
O pastor Silas Malafaia, por meio de vídeo publicado nas redes sociais, cobrou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a devolução do seu passaporte e caderno com anotações bíblicas. Malafaia classificou a decisão do magistrado como "aberração" e negou tentativa de fuga do país.
"Se eu fugir, eu estou destruído e desmoralizado diante da sociedade brasileira, diante da igreja evangélica, da igreja que eu sou pastor e da minha família. O senhor acha que eu vou jogar minha reputação na lama, depois desses quatro anos de denunciar seus crimes, agora eu vou fugir? Um cara que não tem medo de ser preso e continua a produzir vídeos, eu vou fugir agora? Eu não posso acreditar que o senhor, que é um homem tão corajoso, tem medo de um pastor", disse.
O pastor pediu ainda que fossem devolvidas as suas anotações com "esboços bíblicos". "E até vou abusar do pedido. Eu sei que a Polícia Federal digitaliza tudo, está tudo escrito em meus garranjos. Quem sabe o senhor pode fazer um favor, além de devolver meus cadernos, me dar uma cópia digitalizada", completou.
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Silas Malafaia fica em silêncio em depoimento à PF, mas diz que pretende falar às autoridades
Silas Malafaia foi alvo de busca e apreensão na noite de quarta-feira (20), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Ele estava voltando de um voo que vinha de Lisboa, Portugal.
De acordo com a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), Malafaia, em conjunto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo, estariam envolvidos em crimes de coação no curso do processo e obstrução da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
"As condutas de SILAS LIMA MALAFAIA, em vínculo subjetivo com JAIR MESSIAS BOLSONARO, caracterizam CLAROS e EXPRESSOS ATOS EXECUTÓRIOS, em especial dos crimes de coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal) e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa", argumentou o ministro.
Além de está proibido de deixar o país, Silas Malafaia tem restrições de contato com os demais investigados.
Confira o vídeo abaixo:
