Cármen Lúcia diz que ação penal contra réus do 8/1 é 'encontro do Brasil com o seu passado, presente e futuro'
O voto da ministra é o quarto no julgamento da chamada trama golpista

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
No início do seu voto no julgamento da chamada trama golpista, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a ação penal em questão é "quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro, na área especificamente das políticas públicas dos órgãos de estado".
A magistrada destacou ainda a importância das ações penais e da responsabilidade de quem julga as ações.
"Esse é um processo, como há outros, que temos a responsabilidade constitucional de julgar. Processos que despertam maior ou menor interesse da sociedade, o que não é também nada de novo, seja uma cidade pequena, seja para todo o país", afirmou.
O voto da ministra é o quarto no julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022.
Já há maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Casa Civil Braga Netto pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto da ministra poderá ser decisivo para o placar em relação a outros réus.
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de todos os réus na terça-feira (9). Já o ministro Luiz Fux divergiu parcialmente, propondo a absolvição parcial do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 5 réus, enquanto votou para condenar parcialmente Mauro Cid e Braga Netto.