Vídeo: "Nós temos que regulamentar a profissão", afirma Carlos Muniz sobre entregadores de aplicativo

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), reforçou nesta segunda-feira (2), durante conversa com jornalistas, a importância de haver uma regulamentação para a profissão dos entregadores por aplicativo. Segundo ele, a categoria está insatisfeita e sujeita a diversas formas de violência no âmbito da profissão. 

"Não podemos ter profissionais que trabalham do jeito que eles trabalham, insatisfeitos. Eu acho que temos que ouvir o que eles têm a pedir e depois tentarmos uma conciliação para que isso seja resolvido o mais rápido possível", disse. 

A fala ocorre após um caso de violência registrado contra um entregador de aplicativo no último domingo (2), na capital baiana. Na ocasião, Samuel Silva foi agredido e teve a chave da moto roubada pelo cliente, Adriano Alcântra, devido a um desentendimento na hora da entrega de um bolo. 

Nesta segunda-feira, o representante da Associação dos Motociclistas Profissionais do Estado da Bahia, Adailson Cruz Couto, esteve presente na Câmara para cobrar a regulamentação da profissão.

"Com a regulamentação, regras são criadas. Não se pode colocar empresas que só pensam no lucro financeiro para dizer o que é e o que tem que fazer. Não pode exigir que o motociclista pegue uma mercadoria na avenida Bonocô e esteja no Center Lapa em 15 minutos, isso está matando o motociclista", afirmou o representante da categoria.

Adailson Cruz ainda destacou a importância da regulamentação dos mototaxistas de Salvador, vigente desde 2017. Para ele, essa norma preserva a saúde e a integridade desses trabalhadores. 

"A regulamentação de 2017, realizada pela Câmara Municipal, ajudou a diminuir a taxa de acidentes com mototaxistas amarelos nessa cidade",  reforçou. 

Entenda a polêmica envolvendo o entregador 

O entregador por aplicativo, Samuel Silva, foi agredido e teve a chave da moto roubada pelo cliente, Adriano Alcântra, na tarde do último domingo (1), no bairro do Cabula, em Salvador. 

A confusão começou após o entregador informar ao cliente que o endereço de entrega estava errado e que ele precisaria contatar o aplicativo de delivery sobre o ocorrido. Adriano, no entanto, ameaçou o motoboy. 

"Você vai aprender a respeitar homem. Eu fiquei sem bolo e você agora vai procurar um chaveiro para aprender a respeitar os clientes", escreveu o suspeito de agressão.

Após as mensagens, o cliente foi até o local em que o entregador estava e discussão começou, em seguida, ele empurrou Samuel e o xingou. E afirma que o trabalhador jogou o bolo no chão e que a atitude o teria deixado irritado. 

Samuel nega que jogou o bolo no chão e acusa Adriano de roubar a chave da moto dele, o que o fez ficar preso no local da briga. 

Ainda no domingo, pela noite, um grupo de cerca de 100 motoboys se reuniram na frente do prédio do cliente para protestar. 

Confira mais no vídeo abaixo: