Vídeo: "Se for pautado para ser votado, é para ser derrotado", afirma Lindbergh sobre PEC do foro privilegiado
Segundo o parlamentar, pensamento foi potencializado após a invasão à Mesa Diretora da Câmara
Foto: Farol da Bahia
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, afirmou nesta terça-feira (26) que, caso seja votada em plenário, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim do foro privilegiado será "derrubada" com "uma extrema maioria de votos".
Segundo o parlamentar, a invasão à Mesa Diretora da Casa influenciou nesse pensamento. "O sentimento que existe aqui em relação ao fim do foro, apesar de toda aquela pressão que existiu do PL naquela invasão da mesa, daquele motim, a repercussão daquilo foi terrível e eu digo aqui a vocês que existe uma grande maioria estabelecida para derrotar esse projeto de fim do foro", afirmou Lindbergh. "Então, o sentimento é que, se for pautado para ser votado, é para ser derrotado por uma extrema maioria de votos", continuou.
"Aquele episódio da invasão do plenário ainda não foi superado, aquela forma de interromper os trabalhos legislativos daquele jeito acabou pegando muito mal, então acho que é um sentimento meio que generalizado, conversei com o presidente Hugo Motta também, que é de não deixar esse projeto avançar".
Ainda segundo Lindbergh, os governistas pretendem votar o projeto de isenção do Imposto de Renda o mais rápido possível. "Nós estamos com muita pressa na questão da isenção do imposto de renda, é um projeto fundamental, a gente viu muita gente falando que quer mexer nas compensações, nós não aceitamos que não exista a tributação dos mais ricos, esse é um debate para a gente que interessa na sociedade e que o presidente Hugo Motta vai conversar com a ministra Gleisi [Hoffmann], com o Davi Alcolumbre, para discutir ponto a ponto o calendário, porque nós queremos votar até o final de setembro", revelou.
Sobre a PEC das Prerrogativas, o deputado afirmou que ainda não existe um texto definitivo. "Tem gente falando em duplo grau de jurisdição, isso para a gente é para tentar interferir no julgamento do Bolsonaro, porque a defesa do Bolsonaro tem falado de duplo grau de jurisdição para que não acabe o julgamento numa turma, para que possa haver recurso ao pleno, mas, na verdade, não existe texto, não existe texto ainda sobre isso", ressaltou.
Lindbergh pontuou que nesse momento, às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), pela ação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, marcado para a próxima terça-feira (2), o melhor é "ter muita tranquilidade".
"Não é momento para acirrar nenhum conflito institucional, é um momento que a gente tem que ter muita tranquilidade, porque houve uma invasão na mesa da Câmara já, no dia 2 começa o julgamento, na próxima terça-feira e a gente tem que ter um clima aqui, que eu volto a dizer, de tranquilidade máxima, mas de máximo alerta institucional, para que não tenha perturbação da ordem, para que não tenha nenhum tipo de descontrole aqui nas ações do Parlamento", concluiu.
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