Xi Jinping promete reunificar China e Taiwan de forma 'pacífica'
Declaração do líder chinês acontece em momento de acirramento de tensões entre os países
O presidente da China, Xi Jinping, prometeu uma reunificação "inevitável" de Taiwan, através de meios "pacíficos". A declaração aconteceu durante o início das comemorações do 110º aniversário da Revolução de 1911, que derrubou a última dinastia chinesa, neste sábado (9).
Apesar da rivalidade política e histórica entre os países, ambos derivam suas legitimidades desta celebração. Na China as comemorações são feitas neste sábado (9), em Taiwan, no domingo (10).
A declaração do líder chinês vem em um momento de acirramento das tensões entre os países, após o governo autônoma da ilha relatar, nos últimos dias, um número recorde de incursões de aviões militares de Pequim pelo estreito que separa os dois países.
A ilha de Taiwan tem um sistema de governo democrático e é governada por um poder independente de Pequim. No entanto, a China considera o território como uma de suas províncias e ameaça usar a força no caso de uma proclamação formal de independência da ilha.
Em mais um desdobramento da tensa relação entre os dois países, na sexta-feira (7), Washington (capital dos Estados Unidos) admitiu que treinava em segredo o Exército taiwanês há meses. Cerca de 20 membros das operações especiais e informações convencionais americanas vem conduzindo o treinamento há menos de um ano, segundo informou à France-Presse um funcionário do Pentágono, sob anonimato. Os Estados Unidos também estão fornecendo armas a Taiwan, incluindo mísseis de defesa e caças, em meio à ameaça de Pequim de retomar o controle da ilha à força e reintegrá-la à China.
O líder Xi Jinping alertou neste sábado, a respeito dos rebeldes de Taiwan, que "ninguém deve subestimar uma determinação forte (...) do povo chinês em defender a soberania nacional e a integridade territorial".