José Medrado

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Pessoalmente, não aprecio a arte de Larissa de Macedo Machado, mais conhecida pelo seu nome artístico Anitta, todavia pessoa alguma não haverá de reconhecer que ela seja um fenômeno. Criadora de polêmica, quase que o tempo todo, com suas performances em palco e fora dele, sem falar de suas posições sempre apelativa para muitos, Anitta é o nome no mundo do Brasil artístico no momento. O seu hit “Envolver” alcançou o primeiro lugar como a música mais ouvida no Spotify neste planeta Terra. Não é para qualquer uma (um).

É fato que Anitta, como qualquer celebridade, incomoda bastante, inclusive os que guardam uma atitude mais preconceituosa com o seu estilo fanqueiro, mas ela quebrou todo e qualquer paradigma. “Meiga e Abusada” foi um dos primeiros grandes hits dela. Sua consagração veio logo no começo de 2013, quando estourou nas rádios do Rio e logo depois no Brasil — tornando-se ainda mais forte ao participar da trilha sonora de “Amor à Vida”, novela das nove de grande sucesso da época. Muitos tentam explicar o fenômeno dessa cantora genuinamente brasileira, em geral uma das explicações é que ela tem talento e sabe conduzir a sua arte, sem falar que ela nasceu e cresceu já no mundo digital, em contato direto com o público, com o povo que entendia a sua música e porque não, o seu próprio comportamento. Outros artistas, no entanto, migraram, eram off-line e fizeram uma ponte, algo tipo protocolar, não com a intensidade de Anitta. 

Anitta é aquela “sincerona” que não criou um tipo, apenas realçou, potencializou visibilidade da sua própria forma de ser. Demonstra que não segue manual, apenas age e reage. Impressionante é que o povo do contra fica na expectativa de seu declínio diante de alguma situação, comportamento que julgaria menos adequado, mas aí ela vai e surpreende, prossegue, não é abalada e deixa muitos querendo morder o cotovelo. É xingada, detratada por muitos pelas redes sociais, mas mantém o seu foco e brilha. Realmente impressionante. 
Nesse domingo  Anitta fez história no Grammy  ao ser a primeira brasileira indicada em quase 50 anos a uma das categorias principais do prêmio. Porém, não foi desta vez que a popstar levou o troféu de revelação do ano, mas a fanqueira continua imbatível, sendo, sem sombras de dúvidas, a artista contemporânea mais conhecida pelo mundo, com os seus fluentes inglês e espanhol ela brilha como é. 

Essa Anitta, sei não aonde irá parar!
 


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