Marçal e as leis

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Marçal e as leis

Está havendo uma confusão daquelas nas eleições em São Paulo para prefeitura. O candidato Pablo Marçal teve muitas das suas redes sociais suspensas. A Justiça Eleitoral determina suspensão de perfis usados para monetização, a liminar foi concedia pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, após ação movida pelo PSB, partido da candidata Tabata Amaral e atinge os perfis no Discord, Facebook, Instagram, Meta, TikTok e X. Comentários de toda natureza têm inundado o mundo virtual, em apoio ou não a iniciativa. Não tratarei do candidato, porque...por favor e me desculpem os que nutrem simpatia com a forma dele ser, mas não guardo afinidade alguma, permitam-me, mas a um humanista as suas falas são aterradoras. 

Vamos lá, toda lei tem por finalidade balizar as condutas das pessoas que vivem em comunidade para que seja possível atingir uma harmonia social, desta forma se esquadrinha normas do que se pode e, claro, consequências, sanções para os que infringem esses limites de poder, os transgressores.  As leis, então, são o que estabelecem ordenamentos de condutas nas diversas áreas, ações do ser humano em sociedade, em civilidade. O Brasil, infelizmente, é o país onde absurdo do tipo “leis que pegam ou que não pegam” se estabelece na sociedade, principalmente quando o responsável pela transgressão é pessoa da admiração do emissor da avaliação, ou seja, quando é alguém da simpatia, da admiração vem o tal “passar pano”. Não entendemos que lei, é lei, e não a depender do alcançado por alguma. O candidato Pablo Maçal, a se comprovar, burlou a lei que baliza o processo eleitoral brasileiro e, por isto, claro, precisa ser apenado (é indevido o uso de penalizado – quem sente pena). Não se trata de narrativas, mas do valor das leis, precisamos dar um basta a este vergonhoso conceito de leis que pegam e as que não pegam, porque só assim começaremos – começaremos – a ter um Judiciário mais crido, que certamente gerará mais receios nas práticas dos ilícitos, porquanto advirá a certeza da punição. A tal impunidade estimuladora de transgressões até dos mais hediondos crimes vem daí, de uma espécie de convicção que a depender do criminoso, do transgressor a lei não alcançará. Trabalhemos a emoção que nos domina nas defesas dos que cometem burlas e guardemos simpatia, para exercer uma visão mais racional do nosso entorno, da sociedade.
 

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