A reação química que foi desencadeada entre Donald Trump e Luís Inácio, em apenas 29 segundos, foi um desses milagres quânticos da ciência, que inundou de comentários otimistas e acrescentou mais que uma simples centelha romântica no espírito petista e na mídia estatizada do nosso país.
Insisto neste assunto pelo seu caráter inusitado, quase mágico, nunca visto em outros povos. Foi como um raio em céu azul, a ponto de ganhar contornos exagerados, considerando as palavras entusiásticas do próprio Lula, qualificando a química irrompida no coração do presidente norte americano, como uma verdadeira “petroquímica”.
Apressou-se o clã petista em enviar seu Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a Washington, capital dos Estados Unidos, para dialogar com Marco Rubio, Secretário de Estado, designado por Trump, para entabular negociações com o brasileiro. Parte da mídia considerou um mau presságio esta designação e outra, saltitante após a ligação telefônica do mandatário americano para Lula da Silva, festejou como acontecimentos relevantes, tanto a mencionada designação, como a iniciativa da ligação.
E lá se foi o ministro para Washington, todo prosa e cheio de esperanças de colher os frutos do que considerou um “degelo” nas relações diplomáticas dos dois países, amparados numa inesperada e surpreendente química entre os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil.
Ao desembarcar na capital americana, o serelepe ministro levava consigo as propostas para dar curso ao “degelo” entre elas. Desejava o fim do tarifaço, a suspensão das sanções impostas a autoridades brasileiras, a intermediação para celebrar a paz entre os Estados Unidos e a Venezuela e outras tantas querelas a mais. Mal sabia, o representante brasileiros que na véspera altas autoridades do governo americano haviam esclarecido que ao Brasil tinha sido aplicada uma sanção de 10%, idêntica a que havia sido atribuída às exportações de outros países e uma outra sanção de 40% relacionada à ruptura com o estado democrático de direito, a perseguição judicial aos oponentes do regime lulista e a extensão da censura às empresas de tecnologia norte americanas.
Mais ainda, outras autoridades do Governo Trump convidara para uma longa reunião no dia anterior, a ser realizada na Casa Branca, com Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueredo, a fim de examinarem em conjunto o quadro político brasileiro.
Eram evidentes os sinais de que nuvens negras cobriam o céu da Casa Branca, sede da reunião com o Secretário Marco Rubio com o recém chegado a Washington, Mauro Vieira, ministro brasileiro.
Naquela tensa reunião de 15 minutos iniciais entre os dois começaram a esboroar as expectativas, tão acalentadas por Vieira, uma a uma, pois não é mais segredo que o norte americano colocou na mesa de negociações, que o “degelo” compreendia a liberdade absoluta de Jair Bolsonaro, o retorno do país ao pleno estado de direito, o fim da censura sob qualquer forma, as relações do Brasil com a China e outras ditaduras pelo mundo, enfim o distanciamento brasileiro dos valores morais e permanentes do mundo ocidental.
As célebres palavras de Lavoisier começaram a ecoar em alto e bom som, a relembrar que o pai da química dissera a tantos séculos atrás. Na química nada se cria, mas tudo se transforma, com a mesma força e o mesmo ritmo implacáveis.
Lula da Silva, berrando como sempre -certamente não conhece o que disse Leonardo da Vinci -: ”quem de verdade sabe o que fala, não encontra razões para levantar a voz”. Se esmera novamente a desafiar o presidente norte americano, xinga-lo e ofendê-lo. Acabou a química de que tanto se jactava, voltou a ser o que sempre foi, sem compostura e descontrolado, indigno do alto cargo que, aos trancos e barrancos, exerce!



