O Lagarto de Komodo

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O Lagarto de Komodo

Tudo na Indonésia é o maior do mundo. O país é o maior arquipélago do mundo, com mais de dezoito mil ilhas. Fala-se por lá mais de 700 idiomas e dialetos. Os indonésios podem presentear suas amadas com a maior flor do mundo. Vulcão temos cerca de 139 deles em suas ilhas. O pico mais alto do mundo localizado em ilhas está na Indonésia. O país abriga a maior quantidade de templos  budistas do mundo. Mas, nunca se viu uma asneira tão grande pronunciada em sua capital. Foi preciso que lá  chegasse, cheio de prosa e circunstância, o presidente do Brasil, Lula da Silva. Neste instante glorioso, a Indonésia ganhou a maior estupidez do mundo! 

O apedeuta brasileiro disse, com todas letras, que o traficante de drogas é uma vítima, perante uma plateia de incrédulos indonésios, os quais, nem sequer admitem que os seus compatriotas, falem palavrões em público, constituindo-se esse hábito cultural, numa característica típica do povo indonésio.

Para Lula da Silva, os traficantes, assim como os batedores de carteira, são desvalidos cidadãos, cuja nobre profissão deriva de um pernicioso vício social, que faz deles vítimas da sociedade capitalista, cruel e perversa com seus melhores representantes.

Na verdade, Lula os identifica da mesma forma que o fez o seu parceiro ideológico, Gustavo Petro, presidente da Colombia, que os vê como cidadãos dignos da proteção estatal, na medida que são trabalhadores produtivos e indispensáveis ao desempenho do produto interno bruto do país caribenho e que, por esse motivo, caíram na desgraça concebida pelos imperialistas da América do Norte.

Onde já viu, pacíficos traficantes, desenvolvendo funções tão requeridas pela sociedade, sofrerem restrições tão alarmantes, apenas porque fornecem tão sublimes sensações aos norte americanos, que em troca oferecem em sacrifício a própria vida, vivida em meio ao consumismo desenfreado, num país caracterizado pela exploração do homem pelo homem.

Provavelmente, Lula da Silva não tem ideia dos benefícios  auferidos pelo povo brasileiro, com tais lições de humanismo e compromisso com a felicidade humana, como valores básicos de uma sociedade justa e harmoniosa. Só esses indonésios, premidos por costumes exóticos e ultrapassados, não entenderam o alcance de suas palavras!

Parece, todavia, que há mais indonésios no mundo que imagina a vã filosofia!

Certamente, o presidente dos Estados Unidos da América, presente na Malásia, com quem presume-se que Lula da Silva se encontraria, se assim o permitisse a carregada agenda de Donald Trump, pensou com seus botões que persistirá no propósito de defenestrar do poder na Venezuela e em outros países latino americanos, os presidentes que dão proteção a essas vítimas que, como no Brasil, suportam nos ombros o peso desta brutal discriminação.

Há, como se verá, vozes discordantes que se insurgem contra esses protetores da traficância, embora muitos deles sejam vozes do passado, como o famoso pensador conservador, que por duas vezes foi chamado a governar o Reino Unido, Benjamin Disraeli, que não hesitou em dizer: “o momento exige que os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”, emprestando, desse modo, a sua autoridade moral aos homens do presente. Felizmente, são muitos que escutaram as suas palavras e prometem lutar para sanear maledicências, como estas, que infestam o mundo de lideranças malignas e conselhos desprezíveis.

Uma bendita onda de indignação levantou-se mundo afora, a fim de considerar a estupidez do presidente brasileiro, uma afirmação que não guarda nenhuma relação com a história do nosso povo. É apenas um despautério, sem nexo ou fundamento, uma tentativa desesperada de encontrar no lamaçal ideológico do mundo moderno em seus últimos dias, um pequeno sopro de sobrevida. 

Aliás, convém lembrar que o presidente Trump deixou o Lula da Silva a ver navios, em uma das paradisíacas ilhas indonésias, perdido entre o dragão de Komodo, o maior lagarto do mundo!

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