Com esse glorificante título, o filme de Leni Rienfenstahl, O Triunfo da Vontade, era o famoso documentário com o qual as “virtudes” do nacional socialismo de Hitler, em 1935, eram preconizadas na Alemanha, com a finalidade de massificar no imaginário coletivo do povo, as conquistas do Segundo Reich.
No Brasil de 2025 reproduze-se, na rede Globo de televisão, a mesma técnica massificadora. No capítulo final da novela Vale Tudo, em desmedido cinismo dos atores protagonistas de uma cena inconcebível, tecem loas ao Governo. A mesma visão nacionalista, glorificava as conquistas governamentais que faziam do país uma potência invejável, na qual reinava o bem estar social e a grandeza moral e tecnológica. Até as urnas eletrônicas receberam seu quinhão de elogios!
Uma novela televisiva, pretensa obra de arte, conspurcarva-se como uma prostituta relés, sem apreço à dignidade humana, por mero prazer, entregando seu corpo à propaganda do governo petista. Esta simbiose entre os valores morais e a falta absoluta de pudor político, revela a identidade entre o nazismo hitlerista e o estado atual de nossa combalida democracia.
Chegamos ao fundo do poço, sem decência e sem respeito ao consumidor, que julga assistir a uma obra de arte, porém não é outra coisa senão um panfleto destinado a divulgar um produto, como as antigas pílulas de vida do doutor Rossi, pequeninas, mas resolvem!
É como disse, em momento sábio, como sempre o fazia, o escritor inglês Chesterton: “a decadência da sociedade é louvada pelos artistas assim como a decadência de um defunto é louvada pelos vermes”. Com esta sentença lapidar Chesterton definiu bem o caráter dos artistas aproveitadores e que não distinguem entre arte e subserviência, remetendo para a lata de lixo da história toda arte que não seja digna deste nome.
O atual regime brasileiro e seus acólitos, tal como a rede Globo, pagarão caro por esta perversidade, quando passada a tormenta que se abateu sobre nós, a literatura brasileira se sobrepor a este teatro de horrores, a esta mediocridade, vulgar e passageira.
Toda ditadura é assim. Quem não lembra do ame-a ou deixa-a? A ditadura carece de legitimidade. Por esta razão, insiste em passar como se fora a própria encarnação da nação. Se na Alemanha foi o “Füher”, aqui é o “Pai dos Pobres”, como Getúlio Vargas também o era, durante o regime do Estado Novo.
Do mesmo modo, as ditaduras não passam sem um vigoroso sistema de publicidade e propaganda. Não foi por outra razão que Joseph Goebbels destacou-se na condição de um dos ministros mais importantes do regime nazista e entre nós o sistema de propaganda foi identificado pelos corifeus da ditadura como uma chefatura de manipulação da opinião pública. Não há limite de dinheiro público para irrigar todos os meios existentes de comunicação, para mentir e dourar as pílulas!
Um Lula da Silva está sendo reconstruído. Não mais o “lulinha” paz e amor. Ressurge o Lula vermelho, com o discurso raivoso e sectário, desafiando a maior potência econômica e militar do mundo, vestido com sua indefectível goiabeira vermelha, proferindo impropérios e bravatas, conduzindo o país para o desastre diplomático previsível, a ser pago pelos incautos brasileiros, muitos dos quais sedados pela soberana anestesia.



