O ocaso da razão moral

Ás

O ocaso da razão moral

Lula não é apenas um apedeuta. É a mediocridade em pessoa, uma alma penada, destituída de senso crítico, um ventríloquo demente, que reúne palavras e as repete mecanicamente, em tom professoral, certo que acabou de revelar um segredo de polichinelo, tão grande na sua megalomania que o mundo inteiro ruirá de pavor.

Acabou de protagonizar na Etiópia uma cena dantesca, caricata, grotesca. Ele qualifica a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas como a repetição do holocausto, a que o povo judeu foi submetido pelos nazistas durante a última guerra mundial, cuja descrição é conhecida por todos, inclusive por Lula.

É que Lula concebe o holocausto com a mesma régua moral com que encara a guerra de Israel contra um grupo terrorista.

Lula propaga a infâmia porque sabe a dimensão miserável de suas palavras, quão fundo será a reverberação na consciência humana, não só para a memória daqueles que morreram nas câmaras de gás, como entre os que sobreviveram.

Em outras circunstâncias históricas, Hanna Arendt, qualificou de banalidade do mal, a fria justificativa de Aldolfo Eichmann, durante seu julgamento em Jerusalém, quando o oficial nazista da SS afirmou em sua defesa que apenas cumpria ordens, realizando o transporte de milhões de seres humanos para o derradeiro destino: os fornos crematórios.

O mal se torna banal no instante que valores éticos e morais são aniquilados e relativizados, e o holocausto se converte em um confronto de dois exércitos, o que em realidade a solução final concebida por Hitler foi o assassinato de milhões de judeus, o extermínio de um povo. 

Lula assim procedeu para magnificar valores ideológicos do seu partido, fortalecer suas alianças internacionais e seu projeto de poder, não importa o absurdo do seu discurso político. 

A impossibilidade congênita de construir noções éticas, transforma indivíduos como Lula em sonâmbulos morais a serviço de uma causa e seu protagonismo não se coaduna com a repugnância que a humanidade confere ao holocausto.

Em George Orwell, no seu livro 1984, o autor inglês desenvolve uma narrativa na qual o indivíduo executa políticas de dominação isentas de quaisquer considerações de ordem moral e tudo é permitido na medida que reproduza a ética totalitária do poder.

Ficará indelével, contudo, na memória dos cidadãos em qualquer parte do Planeta que esta visão de mundo, capaz de dar vida a esses acontecimentos inauditos da História, urdidos nas sombrias conferencias nazistas, por mais que sejam cultuados, não encontrarão guarida nos atuais padrões civilizatórios do mundo ocidental.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário