PICULA DIPLOMÁTICA

Às

PICULA DIPLOMÁTICA

Não fosse a Cúpula do G7, no Canadá, que Marco Vieira, Ministro das Relações Exteriores do Brasil, não teria se  deparado com Marco Rubio, Secretário de Estado dos Estados Unidos. Neste encontro ocasional de cinco longos minutos, combinaram um novo encontro, em data não ajustada, a fim de prosseguirem com as negociações, iniciadas na Malásia. 
Esses encontros fortuitos parecem inaugurar uma nova  forma de diplomacia, diferente da que se praticou no século XIX e início do XX, a famosa diplomacia secreta, base da Primeira Guerra Mundial. Naturalmente, que os encontros fortuitos não tem o mesmo caráter explosivo da diplomacia sob sete panos!
Não sei se o Brasil ou nos Estados Unidos, qual dos dois é o mais responsável por essa brincadeira. O que é possível saber é que a tal negociação entre os dois não prospera, não avança um milímetro sequer. O alto preço, contudo, é  pago pelos  nossos agricultores.
O preço do café subiu 18% nos Estados Unidos e esse fato poderia indicar, inclusive em razão da recente afirmação do presidente norte americano, que pretendia resolver este mal estar mercadológico o mais rápido possível. Só não disse como vai fazer. Reduzindo as tarifas impostas ao Brasil ou buscando novas relações comerciais para a importação do café?
Com os lucros das tarifas, todavia, segundo Donald Trump, vai ser imediatamente concedido aos mais pobres um auxílio de US$2,000. Segundo ele, os Estados Unidos se tornaram o “país mais rico e respeitado do mundo “ com “quase nenhuma inflação e um recorde histórico no mercado de  ações”.
O mandatário norte americano disse cobras e lagartos sobre a reunião internacional do clima, que o presidente do Brasil sediou, em Belém. Nela não compareceu e não sei porque cargas d´agua também os países importantes dos BRICS, como Rússia e China, além da maioria dos integrantes do Mercosul. Suspeito que aí tem o dedo dos Estados Unidos!
E Lula, o que andou aprontando? Deu uma “saidinha” (êpa, palavra na moda!) da COP30 e de braços dados com o narcotraficante, Gustavo Petro, sancionado pelos Estados Unidos, rumou para a Colômbia, com a finalidade explicita de condenar as ações militares dos Estados Unidos na Venezuela e testemunhar sua solidariedade ao também narcotraficante, Nicolás Maduro. 
Mas, não parou por aí. Cogita até dar uma mesada às famílias dos narcoterroristas mortos no Rio de Janeiro, em embates armados com a polícia carioca. O presidente brasileiro mobiliza tudo que pode para impedir os traficantes de serem considerados do que realmente são, narcoterroristas. O objetivo é o e de protege-los de políticas mais consistentes para o necessário enfrentamento internacional.
Por que não, de reunião em reunião, a diplomacia da picula, converte cada encontro em um misterioso pega-pega diplomático?
Talvez, José Saramago, em uma das suas boas anedotas, tenha uma solução, em forma de uma notável contradição. O célebre autor português afirma: “acho que não ficamos cegos, acho que estamos cegos, cegos que veem, cegos que, vendo, não veem”.
Pulando de galho em galho, de reunião em reunião, Marco Rubio, está dando tempo ao tempo, na espera paciente, que nossos negociadores ofereçam a joia da coroa: o retorno do Brasil ao estado democrático de direito, a anistia ampla, geral e irrestrita a todos os presos políticos e exilados do Brasil. É pedir demais?
Talvez, desse modo a ditadura da Toga chega ao fim. Convenhamos, é pedir demais.  Até o Lula é lançado fora com a água do banho!

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário