Aonde iremos parar com estes “nossos” representantes encetando uma perda de freios sem ideias de consequências, diante de seus comentários por redes sociais ou mesmo, dos seus púlpitos de discurso? Não é novidade alguma que estamos em um momento grave da história republicana do nosso País. Uma polarização com ódio sendo destilado para todos os lados e vindo de toda a régua das posições políticas. Não há santo nesta cruzada ou talvez nesta guerra. Não podemos, no entanto, como meros observadores da cena, como cidadãos comuns, não deixar de registrar que de há muito está faltando análise crítica de todos nós, nas considerações do que ouvimos ou lemos.

Vi ontem aqui, no Farol, a nota reproduzindo a fala do deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) em uma rede social, de que: “Não vejo a hora do Lula morrer”. Não é discurso de ódio e sim de paz (...)”. Como é? O representante de parcela da população brasileira pensa realmente que a sua proposição, pois pode em alguma mente desatinada soar como sugestão, não ter potencial desencadeador de inconsequências. Lamentável. Não posso, doutra parte, deixar também de realçar a total desnecessidade de o ex-presidente Lula usar também no uso do mesmo eufemismo de que não "Saio daqui sem ódio. Aos 74 anos, meu coração só tem espaço para o amor, porque o amor vai vencer nesse país.”, no entanto disparou palavras que podem soar como beligerância para todos os lados. Não entro no mérito do julgamento comportamental e moral de nenhum desses senhores, pois cada um defenderá as suas posições e terão a compreensão dos que não viram nada demais em suas falas. O fato é que esses dois senhores precisam compreender, inclusive o presidente do Brasil, que as suas expressões, os seus comentários podem ter inspirações infelizes com inimagináveis repercussões nos corações e mentes dos que os ouvem sem as devidas atenuantes pelos momentos e circunstâncias.

Não se constrói entendimento, ou, pelo menos, civilidade nas relações, ainda que antagonizadas entre si, com arremessos de petardos, disparados sem ideia, repito, de consequência, considerando que o ser humano é motivado, sobre tudo o latino, pela sua conhecida passionalidade. Espero que os nossos representantes tomem juízo e policiem o seu verbo.