Luís Salém

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Ler biografias é um vício, adoro a humanização de divas e mitos, os altos e baixos, erros e acertos de nossos ídolos inspirando nossas trajetórias. Os antenados sempre hão de tirar proveito de tais admiráveis lições de vidas e adapta-las a seu way of life.

Reza a lenda que em meados dos anos 80, do século passado, Miguel Falabella, um jovem ator ainda desconhecido do grande público, dispensado pela Globo ao termino de seu contrato temporário, abusado que só, fez uma ligação telefônica para o então todo poderoso Daniel Filho e sentenciou: “My dear, Paramount wants me, what does the Metro Golden Mayer say about it?”. Uma clara e divertida alusão a disputa entre a extinta TV Manchete e a ainda ativa emissora do Plim-Plim. O Big Boss reconhecendo o star quality do rapaz responde com uma sonora gargalhada e um contrato vitalício. A hollywoodiana atitude, fatalmente inspirada em alguma musa cinematográfica, marca o início do apogeu do astro global, que para nosso deleite, hoje já maduro, mantem seu frescor, humor e valor na vida e na arte. Salve a “Lôra Má”, mítico apelido de Falabella, estrela de luz e persona grata em minha autobiografia. Love4evis!

Meu último contato imediato com outo universo particular e peculiar se deu de forma voluntária em Rocketman, cinebiografia de Sir Elton John. Impossível não se emocionar com as canções e a vida loca deste pop star. Para nós que nunca fomos agraciados com um Emmy ou Oscar, tomamos o chá das cinco com Lady Di, estivemos no topo da Billboard durante meses e tampouco fizemos fortuna na juventude é difícil acreditar que rejeição, solidão e destruição foram tão presentes no passado deste hitmaker. Difícil, mas não impossível crer para ver, ou no caso do filme, ver para crer que no peito de Elton John bate o coração de Reginald Kenneth Dwight. “Quando você vai me abraçar?”.

É confortante e sublime a redenção do alucinado Rockteman, livre da dependência ao álcool e as drogas renasce, reinventado e reencontrado nas trilhas da yellow brick road do rock and roll!

Sai do cinema cantarolando Tiny Dancer, em casa, dando view no instagram fui tragado involuntariamente para o universo doutro pop star, não da música, mas dos campos gramados das arenas de futebol. A notícia do suposto estupro a Najila Trindade por Neymar Junior causou furor nas redes sociais, muita opinião formada, críticas ferozes a possíveis vítimas e algozes, pano pra manga, bate-boca e pega pra capar nos tribunais virtuais.        Tenho simpatia pelo rapaz, porém minha alma feminista tem empatia pela moça, mas como disse a sábia Glória Pires: “não sou capaz de opinar...”, torço que a verdade, seja ela qual for, venha à tona e a justiça feita a quem quer que seja.     

Mas o que de fato chamou minha atenção foram as similaridades entre os astros, do rock e do futebol, os dois conquistaram fama e fortuna muito jovens, mundialmente idolatrados tem o mundo à seus pés! Ambos adictos, Elton sentou o pau nas cocaína e Neymar nas vagina. O pop star londrino se arrisca ao perigo enquanto o craque santista as piriguetes. E não estou aqui julgando a moça, só constatando que assim como o histórico de Elton o coloca no panteão dos Deuses do Rock e o de Neymar determina seu posto no pódio dos grandes jogadores o de Najila engrossa o rol das meninas superperigosas, o que não a priva do direito de dizer não e se de fato ela disse não, sim, Neymar pisou feio na bola, mas como já disse antes, gloriosamente, não me sinto capaz de opinar... Aguardemos o VAR!

Por hora vou ficando por aqui, torcendo pelo lançamento de uma nova cinebiografia, por Elton, Neymar, Najila , Miguel, eu, você e todo mundo. Dias melhores verão!

A gente se vê na subida ou descida da ladeira!

 


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