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“A favela vai vencer no dia em que todo preto não precisar mais ter medo de ser preto”, diz Isaura Genoveva no Podomblé

Secretária Municipal da Reparação destaca que avanço racial é coletivo e reforça importância de ocupar espaços de poder

Por Da Redação
Às

“A favela vai vencer no dia em que todo preto não precisar mais ter medo de ser preto”, diz Isaura Genoveva no Podomblé

Foto: Pondomblé/FB Comunicação

No episódio do Podcast Podomblé, que foi ao ar nesta segunda (1º), a secretária municipal da Reparação de Salvador, Isaura Genoveva Neta, discutiu políticas públicas de igualdade racial e enfrentamento ao racismo. A conversa, conduzida pelo apresentador Adriano Azevedo, abordou desigualdades históricas e o significado real da expressão “a favela venceu”.

Ao comentar a frase, Adriano destacou que, muitas vezes, a ideia de vitória é associada a casos isolados de ascensão individual. Isaura, porém, rebateu a noção limitada e ampliou a reflexão:

“A favela vai vencer no dia que todo preto não precisar mais ter medo de ser preto, em qualquer lugar que esteja”, afirmou.

Para a secretária, vencer não é apenas alcançar posições de destaque, mas transformar estruturalmente o acesso das pessoas negras à sociedade.

“A favela vai vencer quando a gente se encontrar nos espaços, e for comum ver pessoas pretas não só no serviço, não só na portaria, não só no serviço de faxina”, disse.

Isaura reforçou que o avanço racial se dá no coletivo, e não por trajetória individual:
“O vencer, para mim, é muito do coletivo, como é que a gente constrói juntos.”

Ao falar sobre alianças e convivência em sociedade, ela ressaltou que não é necessário criar vínculos pessoais, mas compromissos éticos: “Como é que eu me vinculo ao outro? (…) A gente não precisa ser amigo. A gente precisa só entender que ser aliada é mais importante que ganhar no coletivo.”

Para ela, cada conquista ou perda tem impacto direto na população negra: “Quando uma pessoa negra morre, todas as pessoas negras morrem. Quando uma pessoa negra perde, todas as pessoas negras perdem. Mas quando uma pessoa negra avança, isso é o sinônimo do coletivo.”

Isaura também lembrou que, historicamente, sempre houve lideranças que se colocaram na linha de frente para mobilizar e proteger suas comunidades — como Zumbi, Nandara e Cotunha.

Veja o corte:

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