A imigração avança

Por Editorial
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A imigração avança

Foto: Reprodução

Os últimos dados sobre imigração internacional, fornecidos na última terça-feira (17) pela Divisão de População do Departamento de Economia e Assuntos Sociais (DESA) da Organização das Nações Unidas (ONU), corroboram ainda mais com a ideia de facilitar a migração ordenada, isto é, possibilitar uma mobilidade responsável e segura. 

Imigração é um conceito que necessariamente deve ser debatido longe de preceitos xenofóbicos ou segregacionistas. O número de migrantes internacionais em todo o mundo, de 2010 até o ano passado, segundo a ONU, teve um aumento de 51 milhões – atingiu 272 milhões de pessoas. Atualmente, são 3,5% da população global, comparado com 2,8% em 2000.

Um recorte pertinente nesta análise é quanto ao aumento sempre constante dos deslocamentos forçados – os chamados refugiados, que abandonam tudo no país de origem em busca de um recomeço. Entre 2010 e 2017, o número global de pessoas em busca de asilo cresceu cerca de 13 milhões, correspondendo a quase um quarto do aumento do número de todos os migrantes internacionais. 

Mais do que números, a problemática aos governos que recebem imigrantes em massa continua sendo a oferta de trabalho, principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil e outros da América Latina. Três em cada quatro migrantes internacionais estão em idade produtiva (20 a 64 anos). Em 2019, 202 milhões de migrantes internacionais – 74% do total – tinham esta faixa etária. É um índice altíssimo, por certo, nada fácil aos órgãos federais, estaduais e mesmo municipais responsáveis pelo assunto para dar uma solução a curto ou médio prazo. 

No fundo, sabe-se qual é o cerno do problema: a desigualdade, governos autoritários, intolerância religiosa e corrupção, para citar os mais ordinários e corrosivos. Em cada pedido de asilo, existe um pedido de socorro.

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