O constrangimento da jornalista da Rede Globo na tarde de ontem, que usou um apelido pejorativo para se referir ao presidente da República durante uma reportagem, é o reflexo da imaturidade não só de grande parte da mídia, mas de parcela da população quando o assunto é fazer críticas à política.
E isso não um desrespeito exclusivo de Jair Bolsonaro, porque outros presidentes do Brasil também tiveram – alguns ainda têm – que lidar com nomes taxativos nada convenientes. Não se trata de coibir a liberdade de expressão do indivíduo, mas sim alertar quanto à responsabilidade social de cada um ao usar nomes indelicados para se referir a autoridades.
A ética jornalística, neste episódio, foi rasgada. Uma gafe da repórter, certamente, mas que por certo carrega um discurso de bastidor: o uso constante do apelido pejorativo entre a equipe do programa, ou apelas pela profissional, que uma hora veio à tona em local e situação indevida. A piada ficou à frente do ofício.
Críticas a autoridades são, em sua maioria, pejorativas e que constantemente apontam primeiro o pessoal, para depois fazer alguma menção ao cargo político que ocupa. O erro nesta dinâmica de tentar opinar sobre algo sério é, justamente, apartar da suposta crítica trabalhos comprometidos e responsáveis realizados por outras pessoas de qualquer administração.
Que fique como análise: onde está a ‘palhaçada’, por exemplo, nos esforços da equipe econômica do governo federal, que coloca na mesa as tantas propostas complexas e elaboradas para reajustar o Brasil?