A primeira infância é uma das prioridades do governo Bolsonaro dentro da Educação. Investimentos descentralizados em programas voltados para crianças até seis anos de idade são fundamentais num país com um enorme abismo social, com oportunidades diferentes no que diz respeito à alfabetização, vagas em creches e escolas públicas, acesso à vacinação ou mesmo acesso à merenda escolar.
Apesar disso, é a primeira vez que o tema é explicitado com destaque num Plano Plurianual (PPA) – o que visa cobrir de 2020 a 2023. Qualquer crítica sobre a diminuição do orçamento do Ministério da Educação (MEC) é, por certo, injusta com esforços da administração federal em tentar equiparar infâncias e aumentar, como pode e com o montante que tem o combate à desnutrição infantil.
Investir nos primeiros anos de vida tem um retorno alto e duradouro. Para as crianças de baixa renda, é um investimento eficiente sem comparação a outros momentos do ciclo vital. O estímulo ao desenvolvimento saudável e garantir o acesso da criança ao aprendizado formal contribuem para a formação de um cidadão principalmente consciente de seu entorno social. Crianças precisam ser preparadas para apreender e prosperar.
No entanto, é preciso ponderar que a figura materna é essencial na primeira infância e não se pode pensar em políticas públicas neste quesito sem, junto, estudar maneiras de garantir que as mães participem mais ativamente nos primeiros anos de vida do filho. O tema é complexo e delicado: cada centavo empregado pode salvar vidas.