A independência da Bahia

Confira o nosso editorial desta quinta-feira (2)

[A independência da Bahia]

FOTO: Reprodução/Antônio Parreiras

Apesar do ineditismo deste 2 de Julho de 2020, sem o tradicional desfile nas ruas, a Independência da Bahia é um altivo fato histórico, daqueles cuja representatividade é inabalável. A data, o início da separação definitiva do Brasil do domínio de Portugal, representa a resistência, a perseverança baiana, que atravessa séculos. 

A revolução, rememorada em feriado no estado, foi essencial para expulsar as tropas portuguesas que insistiam em ocupar algumas províncias brasileiras, mesmo após a emancipação. 

Para relembrar, a Bahia foi o último foco representativo das guerras da independência do Brasil (processo iniciado em 1822), onde o conflito durou mais tempo (cerca de um ano e meio) e que mobilizou o maior contingente de pessoas. Foi em terras baianas, também, que o território brasileiro correu sério risco de fragmentar-se.
 
Com a resolução do príncipe regente de permanecer no Brasil, desobedecendo às determinações das Cortes de Lisboa, e a tentativa frustrada do general Jorge de Avilez de levá-lo a Portugal, a metrópole portuguesa concentrou em Salvador todos os seus esforços militares.

Havia interesse por parte de Portugal de dividir o Brasil em duas regiões: o sul e o sudeste permaneceriam sob a direção de Pedro; e o norte, sob o domínio português. Graças à luta dos baianos, isso não ocorreu e as tropas portuguesas foram expulsas definitivamente no dia 2 de julho de 1823.

Um dos símbolos deste processo histórico é o “caboclo”, figura que lidera a procissão do 2 de Julho, uma constante nas comemorações desde 1924. Segundo analisam, a escolha do caboclo é uma forma de representar o “verdadeiro brasileiro” e romper com Portugal “genealogicamente”. O historiador Nelson Varón, por exemplo, relata que, após a guerra, muita gente teve a iniciativa de mudar os nomes para nomes indígenas, para se desvincular das raízes portuguesas.


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