Acolhimento e saúde em tempos da Covid-19
Confira o editorial desta terça-feira (14)

Foto: MP/BA
As pessoas em situação de rua é uma população fragilizada pela experiência da viva ao relento, cujas adversidades são desde como conseguir alimentação, morar e dormir sem o conforto de um teto e, não raramente, o envolvimento com drogas. Fazem parte de uma camada social que não tem muitas escolhas e, com a pandemia, seria um veículo de propagação do vírus. Podem contrair ao receber uma doação ou, então, transmitir a Covid-19 (novo coronavírus) ao pedir dinheiro no semáforo, por exemplo.
É comum entre secretarias de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social pelo Brasil intensificarem ações de acolhimento neste período do ano, em que o frio é um fator de risco a estas pessoas, principalmente às noites. Neste ano atípico, devido à pandemia, esta atividade do Poder Público é ainda mais necessária e pode ir além.
A Bahia, felizmente, já caminha na declarada – pelo próprio Secretário de Justiça do Estado – “urgência na ampliação de ações voltadas para pessoas em vulnerabilidade social, na luta contra o Covid-19”, como destacado pela assessoria da pasta no dia 6 de abril.
Vale destacar duas medidas: a montagem dos Centros de Acolhimento para pessoas em situação de vulnerabilidade e ampliação do funcionamento dos restaurantes populares. Agora, o momento é do governo estadual suplementar o acolhimento a esta população vulnerável. E é preciso engajar a população para mais doações, assim como incrementar equipes da saúde para o atendimento específico destas pessoas.
Tão pertinente quanto este amparo em tempos da Covid-19 é, por certo, o encaminhamento das pessoas em situação de rua quando a pandemia terminar. Após o fim da imposição do isolamento social, a pasta estadual deve ter condições de analisar quais deles estão aptos à frente de trabalho, quem pode ser encaminhado à clínicas e quais se pode fazer a ponte com a família.


