Afipes de padre Robson desembolsaram R$ 456 mi em pagamentos para emissoras, diz MP
Associações recebem e gerenciam cerca de R$ 20 milhões por mês

Foto: Afipe/Divulgação
Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), as associações fundadas pelo padre Robson em nome do Divino Pai Eterno desembolsaram R$ 456 milhões em pagamentos para emissoras de rádio e televisão. Os valores foram descobertos com base da Operação Vendilhões e são considerados suspeitos por se desviarem da finalidade religiosa das entidades. As informações são do G1 Goiás.
O MP apontou que foram transferidos R$ 198 milhões, divididos em 127 operações financeiras, para a TV Independente de São José. Ainda foram registradas transferências de elevados valores para duas rádios, uma de R$ 96 milhões e outra de R$ 14,4 milhões. “As rádios não tem nada a haver com a regulação de programação religiosa. Está bem distante da finalidade”, disse o promotor de Justiça que está no grupo da investigação, Paulo Penna Prado.
Os envolvidos informaram que algumas operações foram descritas como compra e venda de direitos de cessão. A Sul Brasil Rádio e Televisão é uma das empresas que também está na lista por receber R$ 92 milhões da Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro. A empresa disse que foi vendida para a associação do padre, o que justifica os pagamentos.
No total, três associações estão sendo investigadas. Todas elas foram fundadas pelo padre Robson: Associação Filhos do Pai Eterno, Associação Filhos do Pai Eterno e Perpétuo Socorro e Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro, chamadas de Afipes, que foram fundadas em 2004.
Investigações
De acordo com as investigações do MP, as Afipes recebe e gerencia cerca de R$ 20 milhões por mês. Em um período de 10 anos foram arrecadados R$ 2 bilhões.