Agricultura familiar representa 24% da agropecuária baiana, diz Censo
Valor gerado pela pecuária triplica de 2006 a 2017

Foto: Agência Brasil
A produção familiar representa 8 em cada 10 estabelecimentos (77,8%), 1/3 da área (32,2%) e 1/4 do valor da agropecuária baiana (24,6%). Os dados são do Censo Agropecuário divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25).
Segundo o IBGE, na Bahia foram recenseados em 2017 593.411 estabelecimentos agropecuários classificados como familiares, que ocupavam 9.009.143 hectares e geraram R$ 5,169 bilhões.
A participação da produção familiar na agropecuária caiu na Bahia, no Brasil e na maioria dos estados entre 2006 e 2017.
Mas, apesar disso, nesse período, o número de estabelecimentos agropecuários familiares cresceu em 165 dos 417 municípios baianos (39,6%) e a área aumentou em 147 (35,3% do total).
Em 2017, a produção familiar concentrava 7 em cada 10 trabalhadores agropecuários no estado (72,3%), mas, em relação a 2006, o pessoal ocupado caiu nos estabelecimentos familiares (-19,1%) e aumentou nos não familiares (+31,2%).
Mulheres, pessoas não brancas, mais idosas e menos escolarizadas tiveram maior representatividade entre produtores familiares do que entre os não familiares.
Pecuária
O valor gerado pela pecuária mais que triplicou entre 2006 e 2017, alcançou R$ 2,357 bilhões e ganhou importância na produção familiar baiana.
Neste período, a produção familiar de leite de vaca cresceu 30,3% e passou a responder por quase 6 em cada 10 litros produzidos na Bahia (55,7%).
A agricultura familiar representa 1/3 do valor total gerado pelas lavouras permanentes (33,8%) e 1/10 do valor total das lavouras temporárias (10,5%) do estado.
A banana, laranja, palma e mandioca tiveram os maiores volumes de produção da agricultura familiar na Bahia, em 2017.