Alfabetização e desenvolvimento
Confira o editorial deste domingo (14)

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Alfabetização é o mote de cada dia 14 de fevereiro no Brasil. Em 2021, no entanto, é inegável que este esforço carrega um sentimento de frustração, perante o até agora fragmentado retorno às aulas e o consequente enfraquecimento do ensino em meio à pandemia.
O processo de alfabetização sofre com este cenário, porque muitas crianças que deveriam estar na pré-escola, simplesmente estão em casa, sem acompanhamento de um professor, sem o amparo dos pais para o aprendizado.
Além disso, grande parte da população brasileira sofre com a ausência de meios adequados para a educação remota, como falta de internet, aparelhos adequados, além de escolas e profissionais despreparados.
A alfabetização consiste no aprendizado das letras e na sua utilização como código comunicativo. Pela importância desse processo, foi instituído, em 1966, o Dia Nacional da Alfabetização, em homenagem à criação do Ministério da Educação e Cultura, em 1930.
No Brasil, a taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabe ler ou escrever um bilhete simples é estimada em 6,6%, o que representa 11 milhões de analfabetos, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) 2019.
É muito provável que haja prejuízo bastante grande, porque as crianças não estão na presença dos professores. É um dos momentos mais individuais da fase escolar dos alunos.
O processo da aprendizagem de ler e escrever (alfabetização) está diretamente relacionado com o desenvolvimento de um país, conforme indicam as pesquisas na área. Quanto mais pessoas analfabetas, menor o índice de desenvolvimento. O assunto merece atenção de todos.