Confronto de interesses nos apps de transporte
Confira nosso especial deste sábado (13)

Foto: Agência Brasil
A praticidade de aplicativos de transporte é uma marca revelante na mobilidade urbana. Trouxe, por meio do universo digital e conectado, novas possibilidades para quem necessita se deslocar com rapidez e conforto em veículo de terceiros.
O processo inclusive trouxe termos inéditos ao vocabulário – ‘pedir um uber’ é, hoje, quase ou já tão corriqueiro como ‘pedir um táxi’.
No entanto, a popularidade destes ‘apps’ não é mais a mesma de quando se tornaram acessíveis a uma parcela significativa da sociedade, na segunda metade da década passada.
Há alguns anos, os motoristas que trabalham por meio destes aplicativos, como Uber, 99Taxis, se mobilizam por melhores condições de prestação de serviço – leia-se repasses mais justos e viáveis para fazer corridas.
A insatisfação cresce a cada medida dos aplicativos, que, segundo os motoristas, são abusivas e estrangulam o trabalhador.
Uma das principais críticas da categoria é quanto ao que recebem por quilômetro rodado, hoje ao menos 40% menor do que há quatro anos.
Outra reclamação da categoria é sobre a retirada, sem avisar e sem explicar, de um valor repassado pela corrida do ponto em que o motorista aceita a corrida até o ponto em que está o cliente. Muitos, então, selecionam quais corridas acham que serão rentáveis aceitar ou é melhor cancelar.
E este é um ponto que afeta diretamente o cliente, que chega a esperar até 10 minutos, mesmo em uma área central, caso o motorista considerar que não vale a pena ir.
O enclave entre prestador de serviço e quem solicita este trabalho é um importante indicativo de que é hora de uma intervenção desta administram estes aplicativos, de modo que os mantenham relevantes e funcionais num mundo que muda muito rápido.