Abominável qualquer que tenha sido a tentativa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em desdenhar do atual mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro, a partir da existência da covid-19 (novo coronavírus). 

Em um live, ontem, Lula se perdeu em ideias, teorias e politização da pandemia para atacar o governo em meio à incógnita e letal crise de saúde pública jamais sentida pela sociedade moderna. Em nenhuma circunstância a covid-19 deve ser alçada como triunfo ou mecanismo que explica suposta a derrocada do inimigo.

“Ainda bem que a natureza criou esse monstro chamado coronavírus para que as pessoas percebam que apenas o Estado é capaz de dar a solução, somente o Estado pode resolver isso”, disse, é evidente, em um bate-papo online nas redes sociais de uma mídia com viés de esquerda.

A afirmação aconteceu em meio a criticas à tentativa de flexibilização o isolamento social e reabertura do comércio no país, em contraponto às medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos.

O emaranhado de conceitos, entre nomenclaturas erradas (é novo coronavírus, ou covid-19) e exacerbada defesa de conceitos de um Estado forte, mais máximo do que mínimo. São muitos os agravantes, caro senhor ex-presidente. 

Aliás, é também um tanto desconexo à realidade ir a público e empurrar o peso da culpa no governo federal, a não ser que, neste contexto, Lula ainda embutiu uma crítica à gestão irresponsável de diversos governadores, que igualmente são chefes de Estado.

A fala do petista soa como uma comemoração, uma ode ao vírus, que – mais uma vez – supostamente escancara um Brasil enfermo – e está, mesmo, mas não por culpa exclusiva do governo. Bolsonaro está longe de ser um poço de sabedoria e um eloquente orador, mas são características que Lula constantemente prova que igualmente nunca teve.