Coleta de lixo e o medo dos garis

Confira o editorial desta terça-feira (19)

[Coleta de lixo e o medo dos garis]

FOTO: Divulgação

É fácil, confortável e seguro, dentro do lar, pedir o cumprimento do isolamento social e apontar o dedo com julgamentos àqueles que desrespeitam a quarentena. Necessário, sim, é, no entanto, não se pode perder de vista que existe uma gama enorme de trabalhadores diariamente nas ruas, prestando o que se caracteriza por ‘serviço essencial’ e cuja carga horária ou rotina de labuta se mantiveram intactas.

Dentre estas, o gari, por exemplo, além do trabalho diretamente em vias públicas, circulando pela cidade, está ainda em contato direto com resíduos cujo contato, mesmo de luva, são perigosos – ainda mais agora durante uma pandemia, de uma doença tão incerta, que nem mesmo a ciência diz com precisão as suas formas de contágio.

Álcool em gel, máscaras e luvas são mesmo o suficiente para proteger os garis dentro deste cenário do novo coronavírus? Os relatos de medos destes trabalhadores são cada vez mais contantes. Falam, com razão, da insegurança a cada lixo, que pode conter produtos contaminados, descartados pela população sem a correta higienização. Afinal, infelizmente é prática em massa: se é lixo, basta jogar no lixo.

É evidente que a coleta precisa acontecer. O questionável, e isso é uma situação que as empresas junto ao Poder Público de cada cidade deve pensar, é a forma de tornar o descarte mais consciente, fazer as pessoas darem mais segurança ao trabalho dos garis. O momento é inédito à humanidade e exige mais compaixão, cuidados e higiene.


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