Editorial
Confira o nosso editorial desta quinta-feira (6)
FOTO: Reprodução
É histórica a mudança de posição de um presidente dos Estados Unidos, com a desferida ontem pelo atual mandatário, Joe Biden, em anunciar apoio à suspensão das patentes de vacinas contra a covid-19. O esforço, inegavelmente, é válido para acelerar a produção de imunizantes em países em desenvolvimento.
Isso, teoricamente, coloca os EUA de volta ao lado da ciência. Pesquisadores do mundo todo defenderam a quebra temporária de patente de vacinas contra a covid-19 para ampliar o acesso da população aos imunizantes.
Até então, era a própria potência mundial junto a outros países ricos, mais o Brasil, que barrava esta iniciativa, anteriormente já sugerida à Organização Mundial do Comércio (OMC) por Índia e África do Sul – apoiada posteriormente por mais de 100 países. A proposta destes é a suspensão temporária das patentes enquanto durar a pandemia.
A nova posição dos EUA é crucial porque pode influenciar a União Europeia, claro, outro órgão até o momento contra a quebra de patente. Entretanto, segundo o New York Times, a presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, agora admite rever o assunto sob a nova ótica.
Outra boa notícia sobre o assunto recai aqui no Brasil. O Supremo Tribunal Federal começou a julgar ontem a revogação de uma norma que, na prática, faz com que patentes durem mais do que 20 anos, o prazo padrão no mundo validade de patentes. O placar já está 3 a zero pela derrubada da norma e será retomada hoje.
A saúde, sempre e ainda mais no contexto de uma pandemia que persiste, tem que ser como bem público global. O interesse econômico não pode se sobrepor à saúde pública e à vida.
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