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Após relatório dos EUA, Lula afirma que 'ninguém está desrespeitando direitos humanos' no Brasil

Documento americano destaca que situação dos direitos humanos no país piorou

Por Da Redação
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Atualizado
Após relatório dos EUA, Lula afirma que 'ninguém está desrespeitando direitos humanos' no Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) afirmou nesta quarta-feira (13) que "ninguém está desrespeitando direitos humanos" no Brasil.

O chefe do Executivo deu a declaração durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto, um dia depois da publicação, pelos Estados Unidos, de um relatório que afirma que a situação dos direitos humanos no Brasil piorou.

"Ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo. Os nossos amigos americanos toda vez que resolvem brigar com alguém eles tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem brigar", disse.

"Agora, querer falar em direitos humanos no Brasil... Tem que olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil", emendou o presidente.

O documento mencionado pelo presidente, elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA, critica Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Também há críticas a prisão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no STF por tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022.

O "relatório de práticas de direitos humanos de países em 2024" foi entregue na última terça-feira (12) ao Congresso americano. O documento é composto por avaliações de 196 países que são membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e também é referência mundial, utilizado, por exemplo, em tribunais dos EUA e internacionais.

No discurso realizado no Palácio do Planalto, Lula disse que o Brasil tem um "Poder Judiciário autônomo", que está garantindo a Constituição.

"O Poder Executivo nem o Congresso Nacional, não temos nenhuma incidência com relação ao julgamento que está acontecendo na Suprema Corte", disse.

"Tampouco aceitaremos qualquer pecha de que, no Brasil, não respeitamos direitos humanos e de que o julgamento está sendo feito de forma arbitrária", emendou o presidente.

Resposta ao tarifaço de Trump

Nesta quarta-feira, o governo Lula anunciou um pacote de medidas de resposta ao tarifaço, que foi anunciado pelo presidente Donald Trump contra produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos.

Dentre as medidas, estão uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas, adiamento da cobrança de impostos e compra de produtos por entes federativos.

Ao longo do discurso, Lula disse que o governo seguirá tentando uma negociação com os Estados Unidos para tentar reverter a tributação de 50% sobre os produtos brasileiros.

"A gente vai continuar teimando em negociação porque nós gostamos de negociar. Nós não queremos conflito. Não quero conflito nem com Uruguai, nem com a Venezuela, quanto mais com os EUA. Agora a única coisa que precisamos exigir é que a soberania nossa é intocável, ninguém dê palpite nas coisas que nós temos que fazer", afirmou Lula.

"Nós temos muito que aprender com a Índia. Em vez de ficar chorando aquilo que nós perdemos, vamos ficar procurar ganhar outro lugar. O mundo é grande", seguiu.

Lula disse que o Brasil fará o que tiver ao alcance e procurará outros parceiros comerciais. O presidente também reafirmou que o Brasil não reagirá com reciprocidade, taxando produtos norte-americanos.

"Nós não estamos anunciando reciprocidade, veja como nós somos negociadores. Nós não queremos em um primeiro momento fazer nada que justifique piorar nossa relação", disse.

O presidente finalizou dizendo que a aposta realizada pelos Estados Unidos "pode não dar certo", e seguiu afirmando que o governo norte-americano está com "bravatas" e não quer negociar.

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