Após ser alvo de operações, jornal pró-democracia de Hong Kong anuncia seu fim

Governo chinês tem restringido a liberdade de imprensa desde a aprovação da lei de segurança nacional, em 2020

[Após ser alvo de operações, jornal pró-democracia de Hong Kong anuncia seu fim ]

FOTO: Reprodução

O jornal "Apple Daily", que defende a democracia em Hong Kong, anunciou nesta quarta-feira (23), que a última edição será publicada amanhã, quinta-feira (24), em meio à pressão do governo chinês contra a empresa. A decisão ocorre menos de uma semana após o jornal ser alvo de uma nova operação policial e ter seus bens congelados.

Foram presos alguns executivos e, na sexta-feira (18), o editor-chefe e o executivo-chefe do tabloide foram acusados formalmente de conluio com país estrangeiro.

No site oficial, “o 'Apple Daily' decidiu que o jornal encerrará suas atividades a partir de meia-noite e que 24 de junho será o último dia de publicação", anunciou o periódico. 

Ofensivas contra o jornal

O governo chinês sempre passou a utilizar a lei de segurança nacional para minar o trabalho do "Apple Daily". Foi a segunda vez em menos de um ano que a polícia entrou na redação do periódico. Seu dono, Jimmy Lai, foi acusado de conspiração após uma operação em agosto.

O jornal sempre expressou apoio ao movimento pró-democracia de Hong Kong — que era um território britânico e foi devolvido à China em 1997 — e nunca parou de criticar abertamente as autoridades chinesas.


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