O noticiário, por fins jornalísticos e comerciais, mostra que o mundo parou ou está em vias de estagnação devido à disseminação do Covid-19 (novo coronavírus). O movimento é de suspensões, cancelamentos e temores também no Brasil. 

Cada dia é um alarde e um fato inédito: agentes de mercado num eminente pânico que pedem o fechamento temporário das Bolsas de Valores, o governo tendo que lidar com atraso de reformas e vetos do Planalto no Congresso Nacional, companhias aéreas em colapso com ao menos 85% de pedidos de estorno, enfim, é mesmo um mundo em guerra contra o coronavírus.

Mas como avançar num campo de batalha desconhecido, sem trincheiras e sequer sem as armas suficientes para neutralizar o inimigo (a doença)? É a pergunta do milhão e, enquanto ela não existe ou ainda é um protótipo, o mais plausível continua sendo a calma e tomar todas as medidas de saúde que as autoridades e órgãos responsáveis indicam.

O aumento dos casos de Covid-19 no país já atrasa, por exemplo, a Reforma Tributária. A comissão mista do Congresso se reuniria hoje, mas o encontro foi cancelado devido ao vírus. O tema é uma das principais bandeiras da equipe econômica para 2020, era estimada para ser concluída próximo ao término do primeiro semestre – se o desfecho já era apertado, hoje até mesmo o trâmite da matéria é incerto.