Aumento da Selic deve ter pequeno impacto sobre juros finais, aponta Anefac
Taxa básica de juros aumentou 1 ponto percentual

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) anunciou, nesta quarta-feira (22), que o aumento da taxa de juros básica (Selic) terá pequeno impacto sobre as taxas cobradas dos consumidores e das empresas.
O Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central (BC), aumentou em 1 ponto percentual a Selic, que agora chega a 6,25% ao ano. De acordo com a Anefac, existe uma diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, então, o impacto final da alta é diluído.
A Associação anuncia que o juros médio para as pessoas físicas deve passar de 102,48% para 104,32% ao ano. Já para as pessoas jurídicas, a taxa média sai de 46,78% para 48,16% ao ano.
No entanto, as simulações da entidade apontam que os consumidores e as empresas deverão gastar mais para contratar linhas de crédito. No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, por exemplo, o comprador desembolsará R$ 9,14 a mais com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,53 a mais.
Ainda de acordo com a Anefac, ao utilizar R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente deve gastar R$ 2,40 a mais. Outro exemplo é em um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses, que acabará cobrando R$ 29,22 a mais após o pagamento da última parcela. Em financeira, a operação deve sair R$ 19,11 mais cara.
Já sobre as pessoas jurídicas, a simulação mostra que as empresas deverão pagar R$ 123,24 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 49,44 por um desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 5,33 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.



