Notícias positivas são raras na mídia, é fato. Quando tem, são muitos dedos que apontam como panfletário, comercial ou, em certos casos, governista. E não à toa, afinal, é mais do que comprovado que notícia ruim emplaca e tem respaldo da população, basta ver a quantidade de programas televisivos com foco em noticiar tragédias; jornais e sites, então, buscam sempre a manchete com números alarmistas e polêmicas.

Acontece que, recentemente, duas tacadas do Ministério da Educação, sob comando do tantas vezes criticado Abraham Weintraub, são méritos que pouco repercute (mas devidamente noticiado aqui no Farol da Bahia): a carteirinha de estudante digital e o novo Revalida. 

Trata-se de mudanças aplicadas pelo governo em mecanismos com enormes fissuras e sem a necessária manutenção, que administrações federais passadas simplesmente empurravam à diante, até suas respectivas exaustões. 

Vale revisar: no caso do Revalida, em 2020 serão aplicados dois exames por ano - uma prova teórica e uma prova prática. A primeira fase vai custar 10% do valor da bolsa da residência médica (330 reais); a segunda fase será, no máximo, o valor da bolsa de residência (3.330 reais). 

Outra novidade é que, a partir do exame do próximo ano (que tem previsão de ser aplicado semestralmente, faculdades particulares, com avaliação 4 e 5 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), também poderão participar do Revalida. Atualmente, somente universidades públicas podem aplicar a prova.

Já a carteirinha estudantil digital, como sugere o nome, pode ser obtida pela internet e é claramente uma dinâmica que facilita a vida dos estudantes, acabando com burocracias e outras coisas mais no processo de tirá-la via União Nacional dos Estudantes (Une) ou União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). A ID Estudantil, será disponibilizada em ambiente digital, nas lojas Google Play e Apple Store.